O uso e cobertura da terra têm-se tornado um assunto muito discutido e estudado em várias áreas do conhecimento como por exemplo na Geografia, devido aos usos e ocupações desordenadas que as actividades antrópicas na maioria das vezes têm causado ao meio ambiente.
Como exemplos de acções antrópicas, destacam-se: desflorestamentos de forma ilegal para diversos fins, mineração, actividades agrícolas, criação de animais, construções rurais e urbanas, entre outras actividades ligadas ao uso e cobertura da terra.
De acordo com ROSA (2003), a expressão “uso da terra” pode ser entendida e conceituada como formas ou o modo pelo qual o espaço está sendo ocupado pelo homem.
O levantamento do uso da terra é de grande importância na mensuração dos efeitos de uso desordenado e como ocorre a deterioração do ambiente.
Sendo assim, é importante considerar a forma como é que este espaço está sendo ocupado, ou seja, se é explorado de forma organizada e produtiva, conforme cada região.
A avaliação das alterações ocasionadas pelo uso da terra fornece informações importantes para a manutenção de um maneio eficiente e actualização permite mensurar e obter dados mais precisos, e que darão suporte a previsões: safras, cobertura florestal e determinar áreas de expansão agrícola e florestal.
A “cobertura da terra” é entendida como a caracterização do estado físico, químico e biológico da superfície e está representada pelas formações florestais, campestres, corpos de água e áreas construídas. Já os usos múltiplos estão associados à agricultura, pecuária, área residencial, industrial, dentre outros, (Ibid, 2003).
Os conceitos de uso (utilização pela sociedade) e cobertura da terra (sistemas naturais e/ou antrópicos) possuem grande relação entre si e são alternadamente utilizados.
Segundo o Manual técnico de Uso da Terra do IBGE (2006), as actividades antrópicas estão directamente ligadas com o tipo de revestimento do solo, seja de floresta, agrícola, residencial ou industrial.
O Manual traz a importância do uso de dados de Sensoriamento Remoto, como fotografias aéreas e imagens de satélites, que podem ser correlacionadas com a cobertura da terra e se constituem como fontes importantes para o mapeamento temático.
O estudo do uso da terra e ocupação do solo consiste em buscar conhecimento de toda a sua utilização por parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização dos tipos de categorias de vegetação natural que reveste o solo, como também suas respectivas localizações. (ROSA, 2007, p. 163)
O conhecimento e o monitoramento do uso e ocupação da terra são primordiais para a compreensão dos padrões de organização do espaço, uma vez que suas tendências possam ser analisadas.
Este monitoramento consiste em buscar conhecimento de toda a sua utilização por parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização de tipos de categorias de vegetação natural que reveste o solo, como também suas respectivas localizações.
De forma sintética, a expressão “uso da terra ou uso do solo” pode ser entendida como sendo a forma pela qual o espaço está sendo ocupado pelo homem (ROSA, 2007).
Os conceitos relativos ao uso da terra e cobertura da terra são muito próximos, por isso, muitas vezes são usados indistintamente. Cabe ao intérprete buscar as associações de reflectâncias, texturas, estruturas e padrões de formas para derivar informações acerca das actividades de uso, a partir do que é basicamente informações de cobertura da terra (ARAUJO FILHO et. al., 2007).