É a comparação das diferentes etapas da história de uma língua, quer dizer, aquela que se dá através do tempo comparando gerações.
É através do estudo da variação diacrónica que percebemos que a língua que falamos hoje é resultado longos anos ou épocas diferentes.
Em muitos estudos o estudo da variação e da mudança se faz com a observação da fala e de textos escritos antigos. Há que mostrar a relação fala e escrita na documentação do passado.
“Para alguns autores, a linguística histórica é a história da língua escrita, mas sem a fala não se escreve, pode-se entrever ou entreouvir a voz através dos textos: tarefa difícil e apenas aproximativa, ouvir o inaudível”. (MATTOS e SILVA, 2008, p.20).
As LB moçambicanas por ter sido ágrafas desde a origem é quase impossível estudar como era a língua no séc. XIV, por exemplo.
A obtenção de fontes, segundo Berlinck; Barbosa; Marine (2008, p.170) é um dos grandes problemas que os pesquisadores de língua enfretam nos seus trabalhos.
A transmissão da cultura africana foi feita através da oralidade sendo que houve perda de muitos traços linguísticos da antiguidade. Em outras palavras, podemos estudar a língua baseando em fontes orais disponíveis mesmo havendo sempre a necessidade de se investigar a confiabilidade da fonte.
Podemos sim, fazer um estudo baseando-se em escritos feitos no período em que os padres e missionários chegaram em Moçambique e fizeram catecismos e bíblias em línguas locais.