Esta variação se centra na comparação entre a língua falada e língua escrita. Na comunicação a língua oral é a mais susceptível de expressar variações e, nela, os critérios de aceitabilidade social são mais elásticos.
Principalmente, em nível lexical. (PRETI, 2003, p.53). Para Preti, na “dinâmica lexical encontramos na gíria, um contínuo processo criativo dos grupos sociais, em busca de efeitos expressivos para a linguagem do dia-a-dia.”
No Brasil, “as pessoas dizem coisas como né, ocêis, disséro, téquinico, pensando que dizem não é, vocês, disseram, técnico.” (ILARI; BASSO, 2009, p.181).
No caso do PM integra-se os estrangeirismos e empréstimos vindos da LB, fato demonstrado em Timbane (2012).
A escrita (ortografia) das palavras vindas das LB não segue a padronização original da língua de origem, o que significa que foram adaptadas à ortografia da LP. São exemplo de: Matorritorri (cocada), tchovaxitaduma (carinho de mão), matapa (caril de folhas de mandioqueira), timbila (xilofone), khanimambo (obrigado), tontonto (pinga), patchar (evocar os espíritos dos antepassados), guadjissar (roubar, arrastão). (exemplos de TIMBANE, 2012, p.292-293).