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Substituição de Janelas

Apesar de ser sempre desejável a retenção das janelas originais ou existentes e de esta Nota Técnica ser destinada a encorajar este objectivo, há circunstâncias em que a condição de uma janela pode indicar claramente a sua substituição.

O processo de decisão para a selecção de janelas de substituição não deve começar pela procura de janelas de produção actual, que estejam à venda como substitutos, mas deve começar pela observação das janelas que vão ser substituídas. Deve-se tentar compreender a contribuição da janela(s) para a aparência da fachada, incluindo-se:

1) o padrão dos vãos e as suas dimensões;

2) as proporções da moldura e da folha de janela;

3) a configuração dos envidraçados;

4) os perfis das travessas;

5) o tipo da madeira;

6) a cor da tinta;

7) as características do vidro; e

8) os pormenores associados, tais como vergas em arco, beirados e outros elementos decorativos.

Deve-se desenvolver uma compreensão sobre como a janela reflecte o período, o estilo, ou as características regionais do edifício, ou se representa um desenvolvimento tecnológico.

Armados com o conhecimento sobre o significado da janela existente, começa-se a procurar um substituto que retenha o máximo possível do carácter da janela histórica. Existem muitos fornecedores de janelas adequadas.

Continua-se a procurar até se encontrar um substituto aceitável. Procura-se por informações sobre estes produtos nas empresas de materiais de construção, nas carpintarias locais, nos carpinteiros, nas revistas e nos catálogos orientados para a conservação, ou nos fornecedores de materiais para edifícios antigos.

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As associações históricas locais e os gabinetes oficiais de conservação podem ser boas fontes de informações sobre os produtos que têm sido usados com sucesso em obras de conservação.

A eficiência energética pode ser considerada como um dos factores determinantes da substituição, mas não a devemos deixar dominar esta questão. A conservação da energia não é desculpa para a destruição colectiva de janelas históricas que podem ser melhoradas na sua eficiência térmica por meios historicamente e esteticamente aceitáveis.

De facto, uma janela histórica em madeira com uma janela à prova de temporal de alta qualidade acrescentada, costuma comportar-se melhor do que uma janela nova, metálica, com vidro duplo e que não tenha barreiras térmicas (isolamento entre as molduras interior e exterior, destinado a interromper a passagem do calor).

Isto é assim porque a madeira proporciona, de longe, melhor isolamento do que o metal, e além disso, muitas janelas históricas têm elevadas relações entre a madeira e o vidro, que reduzem a área de maior transferência de calor.

A medida desta transferência de calor é o valor-U, ou seja o número de BTU’s por hora transferidos através da unidade de área do material. Quando se compara o desempenho térmico, quanto mais baixo for o valor-U melhor será esse desempenho.

De acordo com o ASHRAE 1977 Fundamentals, os valores-U para uma janela envidraçada em madeira variam entre os 0,88 e os 0,99. O acrescento de uma janela à prova de temporal consegue reduzir estes números para valores entre os 0,44 e os 0,49. Uma janela metálica com vidros duplos, sem barreiras térmicas, tem um valor-U de cerca de 0,60.

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