Exterior: Executar trabalhos de reabilitação exterior que respeitem as práticas profissionais da reparação – ou seja, substituir um elemento degradado por um novo elemento que condiga com o existente em desenho, cor , textura e, sempre que possível, materiais. Em certas condições limitadas, podem ser necessários materiais não históricos em áreas invulgarmente húmidas.
Telhados: Acrescentar ventiladores mecânicos, para exaustão, nos telhados mas evitando-se elementos salientes de grandes dimensões cujas configurações possam afectar negativamente a aparência do telhado histórico. Quando se substituem telhados, devem-se corrigir as condições que provocaram os problemas de humidade, mas mantendo-se a aparência global do telhado; por exemplo, ventila-se por baixo dos soletos em madeira, ou melhora-se a pormenorização das chapas metálicas de cobertura para se evitarem empenos e fracturas. Deve-se ter em atenção proporcionar-se uma protecção adicional nas caleiras, internas ou penduradas, pelo emprego de materiais da melhor qualidade, de rufos de remate e de pormenores de ligação impermeáveis ao vapor.
Paredes: Se forem acrescentados isolamentos e barreiras de vapor a paredes com estrutura de madeira, deve-se considerar manter-se um canal de ventilação por trás do revestimento de madeira exterior para se evitarem ocorrências de tinta empolada e descascada.
Janelas: Deve-se considerar a montagem de janelas exteriores de protecção contra temporais, mas que permitam a abertura das janelas para se fazer uma ventilação periódica da caixa de ar entre a janela exterior de protecção e a folha de janela histórica. No caso de janelas de vitral com vidro de protecção, só devem ser usadas janelas de protecção ventiladas para se evitarem a condensação e a acumulação de calor.
Terreno: Controlar a humidade excessiva. Isto pode exigir escavações extensivas, novos sistemas de drenagem e o emprego de materiais de substituição. Entre eles, podem ser aceitáveis o betão ou os novos materiais reciclados sustentáveis em vez da madeira que esteja em áreas húmidas, quando eles não tiverem impacto sobre a aparência histórica do edifício.
Taludes: Escavar e instalar sistemas complementares de recolha de água com evacuação eficiente nas áreas baixas ou de difícil drenagem da humidade, usar mantas drenantes e taludes pouco acabados para se melhorar o controlo da evacuação; considerar o uso de plintos para colunas ou de bases que sejam ventilados, ou construir com materiais de substituição não absorventes nas áreas cronicamente húmidas. Reparar os caminhos que tenham inclinações inadequadas; reparar as bacias de recolha e os drenos do terreno que não estejam a funcionar; reparar áreas que tenham assentado em redor das escadas e de outros elementos construtivos situados nos taludes.
Fundações: Melhorar o desempenho das paredes de fundação com tratamentos impermeabilizantes para deter as infiltrações, ou com camadas impermeabilizantes interpostas para evitar a humidade ascendente. Pode ser necessário integrarem-se selectivamente alguns materiais de substituição nos novos elementos.
Paredes: Escavar, refechar juntas nas paredes de alvenaria e acrescentar drenos de base e paredes exteriores enterradas impermeáveis; substituir as placas de apoio e as fundações estruturais degradadas por novos materiais, tais como a madeira tratada à pressão, para se enfrentarem condições de humidade crónica; os materiais podem mudar, mas a aparência global deve permanecer similar. Acrescentar uma camada impermeável interposta para deter a humidade ascendente; evitar as injecções químicas já que elas raramente são totalmente eficazes, não são reversíveis e, por vezes, são visualmente intrusivas.
Interior: Controlar a quantidade de humidade e de condensação nos interiores dos edifícios históricos. A maioria dos projectos para novos sistemas de AVAC costuma ser feito por engenheiros mecânicos, mas devem ser seleccionados sistemas que sejam apropriados para o recurso e para a utilização pretendida.
Janelas, clarabóias: Acrescentar vidros duplos e triplos onde for necessário controlar-se a condensação. Evitar as modernas janelas metálicas ou usar cortes térmicos onde houver hipótese de se formar condensação.
Sistemas mecânicos: Projectar novos sistemas que reduzam o esforço do exterior do edifício. Isto pode exigir o isolamento e a calafetação do exterior do edifício, mas devem ser tomadas medidas para uma adequada circulação do ar. Um sistema novo zonado, com um adequado isolamento de transição, pode ser muito eficaz em áreas com diferentes necessidades de climatização.
Dispositivos de controlo/ Espaços interiores: Se for montado um novo sistema de climatização, devem-se projectar controlos de segurança e sistemas de monitorização para protecção contra os danos interiores consequentes da humidade.
Paredes: Se existirem paredes divisórias que assentem em cima de pavimentos sujeitos a inundações periódicas, devem-se prever espaçadores ou membranas de isolamento, por trás das chapas da base, para se deter a humidade, evitando-se que ela se infiltre pelos materiais absorventes.