Para os edifícios antigos, e para os edifícios classificados em particular, onde seja essencial melhorar-se a eficiência térmica das janelas existentes, a opção menos desfiguradora é a introdução de medidas contra as correntes de ar. No caso das janelas de batente, o processo é simples, com uma larga gama de produtos à venda, incluindo selantes de borracha duráveis que são discretamente montados em rebaixos na moldura da janela.
A vedação contra as correntes de ar de janelas de guilhotina com movimento duplo é mais complexa, exigindo a substituição do “parting bead” por um novo componente incorporando lâminas de borracha que mantenham a vedação pelos dois lados, e bandas de selagem por compressão nas travessas de encosto, nas vergas e nos peitoris das janelas. Estes vedantes podem ser comprados para serem instalados por um marceneiro ou, em alternativa, existem empresas mencionadas no “Building Conservation Directory” que são especializadas em desmontar, reparar e vedar as janelas de guilhotina.
Um tratamento cuidadoso, utilizando acessórios produzidos especificamente, tem o benefício adicional de fazer as janelas deslizarem mais facilmente e impede-as de trepidarem ao menor sopro de vento.
A instalação de janelas secundárias também constitui uma alternativa, sempre que o exterior de um edifício histórico tenha que ser protegido, apesar de poder ser vista pelo exterior a dupla reflexão provocada pela segunda folha de vidro. Esta abordagem pode ser inaceitável internamente, já que o efeito, até da mais sensivelmente desenhada janela secundária sobre o carácter das janelas, visto pelo interior, pode ser excessivo, e elas não podem mesmo ser usadas onde existirem portadas pelo interior.
No século XIX, algumas casas foram construídas com janelas secundárias sob a forma de um segundo par de janelas de guilhotina que desciam em conjunto para dentro de um alojamento por baixo da janela, tapado por uma extensão articulada do peitoril da janela, e faceado por um atractivo painel moldado. Apesar de raramente ser usada na actualidade, esta abordagem proporciona uma solução interessante onde não existirem portadas que a obstruam.
São vulgarmente usadas janelas de guilhotina com uma estrutura metálica de deslizamento vertical, que ficam muito justamente apertadas às folhas da janela, mas à noite estas estruturas podem ser muito visíveis por brilharem em excesso, tornando-se em elementos totalmente estranhos num interior que seja requintado.
Um método barato e simples de janelas secundárias consiste na montagem de um caixilho envidraçado simples, à medida do vão, cobrindo a janela inteira pelo exterior e que pode ser retirado e armazenado no verão. A única limitação deste sistema é o tamanho do vidro que se consegue manusear com facilidade sem se partir, pelo que apenas se torna verdadeiramente prático para janelas pequenas ou para janelas divididas em pequenos vãos por prumos ou por travessões.
A montagem de janelas secundárias nos edifícios classificados permite manterem-se as originais e é, geralmente, bem aceite pelas autoridades de planeamento. Por outro lado, os vidros duplos raramente podem ser montados nas janelas existentes sem grandes modificações, pela necessidade que há de se colocarem pinázios de assentamento com maiores dimensões para se ocultarem os perfis periféricos dos vidros (ver o diagrama), pela espessura adicional dos próprios vidros duplos e pelo peso adicional dos vidros sobre os elementos de madeira mais delicados.