O controlo ambiental baseia-se no controlo das causas do problema pelo controlo do ambiente.
Ele é projectado para garantir a futura saúde da edificação e dos seus ocupantes, uma vez que evita a desnecessária utilização de pesticidas químicos potencialmente perigosos e ambientalmente prejudiciais, sempre que possível, bem como as suas consequentes complicações legais e operacionais.
A erradicação dos esporos da podridão seca e dos xilófagos de uma edificação histórica e dos seus conteúdos é praticamente impossível.
Os volumes de químicos necessários e a toxicidade requerida podem ser prejudiciais quer para a edificação, quer para os seus utilizadores.
Sempre que não possa ser evitado o tratamento químico, devem ser empregues materiais e técnicas que tenham os mínimos efeitos ambientais adversos.
Pela desnecessidade de se expor e de se retirar o material infectado, o controlo ambiental também reduz os danos na fábrica e nos acabamentos da edificação.
Quando estiver em questão um edifício histórico, isto é particularmente importante, e a especificação deve garantir a máxima conservação dos materiais existentes para se manter a integridade histórica da fábrica, assim como para se evitarem despesas desnecessárias.
O sucesso depende de uma investigação prévia pormenorizada das causas e dos seus efeitos.
Através de uma abordagem metódica como esta, é possível reduzirem-se significativamente os custos dos trabalhos curativos sobre a madeira e, nalguns casos, eliminá-los completamente.
Em primeiro lugar, o edifício deve ser pormenorizadamente inspeccionado, usando-se técnicas não destrutivas para se localizarem e identificarem os organismos de degradação mais significativos que ele contenha.
No caso de existirem ou de se suspeitar que existem problemas de podridão da madeira ou de insectos xilófagos nas edificações, a investigação deve ser feita por um consultor especialista independente, por um arquitecto ou por um inspector, tendo em vista estabelecerem-se a causa e a extensão da humidade e da degradação da madeira, incluindo o potencial risco para a saúde dos ocupantes, antes da especificação ou dos trabalhos curativos.
A correcta identificação do fungo ou do insecto é importante, já que nem todos os fungos são igualmente destrutivos. Algumas podridões estão presentes na madeira quando ela é cortada ou são adquiridos no armazenamento.
O material fúngico também pode estar morto ou adormecido, em consequência de condições passadas.
Tendo sido identificada a natureza da degradação, devem ser analisadas as condições ambientais que eram necessárias para o suportarem.
Só então será possível determinar-se um esquema para se lidar com o problema.
O objectivo dos trabalhos curativos numa edificação é controlar-se a degradação da madeira, evitar-se a sua degradação no futuro e corrigirem-se alguns defeitos de construção significativos que resultam em condições de elevado teor em humidade e de deficiente ventilação da madeira. Em especial, é importante reduzir-se abaixo dos 16 – 18 % o teor da humidade sub-superficial de toda a madeira.
A madeira deve ser isolada das alvenarias húmidas por uma caixa-de-ar ou por uma membrana impermeável, e deve ser permitido o livre movimento do ar em redor da madeira das paredes, dos telhados e dos pavimentos sobrelevados.
Todas as outras origens de água também devem ser eliminadas, tais como caleiras de cobertura transbordantes, canalizações rotas, condensação e humidade penetrante ou ascendente.
A humidade nos vazios não deve exceder uma humidade relativa média de 65 %.
Além disso, deve ser removido todo o material fúngico activo, assim como toda a madeira apodrecida, e a resistência estrutural da madeira remanescente e da fábrica da construção deve ser avaliada, para se determinar que reforços ou renovações são necessários.
No caso de infestação por insectos, devem ser tomadas medidas para se evitar a recontaminação. Sujidades, poeira e entulhos das obras proporcionam um paraíso para os fungos e para os insectos.
Os vazios e as cavidades devem ser desimpedidos e essas áreas limpas com um aspirador, para se removerem as poeiras. Pode ser então iniciado um programa de manutenção e monitorização da edificação, para se evitarem futuros problemas.