Apontamentos A universalização da antropologia

A universalização da antropologia

Introdução

  • Ao estudar esta unidade temática, pretende-se de uma forma inicial conhecer os grandes pensadores universais que constituíram a base para os desenvolvimentos da antropologia. Daí que ao completar esta unidade, o estudante deverá ser capaz de:

Objectivos específicos

  • Compreender a etnologia e sua aplicação.
  • Conhecer os grandes precursores da universalização da antropologia.

Desenvolvimento

De acordo com Corrêa (2010) uma tentativa de universalização do significado dos termos pode ser encontrada na obra do antropólogo francês Claude Lévi-StrauusAntropologia Estrutural. Sua proposta é a seguinte:

A etnografia – corresponde aos primeiros estágios da pesquisa: observação e descrição, trabalho de campo (field-work). Uma monografia, que tem por objecto um grupo suficientemente restrito para que o autor tenha podido reunir a maior parte de sua informação graças a uma experiência pessoal, constitui o próprio tipo do estudo etnográfico.

Para Copans (1999) a etnologia – representa um primeiro passo em direcção à síntese. Corrêa (2010) afirma que sem excluir a observação directa, ela tende para conclusões suficientemente extensas e que seja difícil funda-las exclusivamente nem conhecimento de primeira mão. Esta síntese pode operar-se em três direcções:

  1. Geográfica, quando se quer integrar conhecimentos relativos a grupos vizinhos;
  2. Histórica, quando se visa reconstituir o passado de uma ou várias populações;
  3.  Sistemática, enfim, quando se isola, para lhe dar uma atenção particular, determinado tipo de técnica, de costume ou de instituição.
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A etnologia compreende a etnografia como seu passo preliminar, e constitui seu prolongamento. É o que encontramos tanto no Bureau ofAmericanEthnology da Smithsonian Instituion, como na ZeitschritftfürEthnologie ou noInstitut d`ethnologie de L`Université de Paris (CORRÊA,2010).

Para Corrêa (2010) em toda parte onde encontramos os termos antropologia cultural ou social, eles estão ligados a uma segunda e última etapa da síntese, tomando por base as conclusões da etnografia e da etnologia.

Nos países anglo-saxónicos, a antropologia visa um conhecimento global do homem, abrangendo seu objecto em toda sua extensão histórica e geográfica; aspirando a um conhecimento aplicável ao conjunto do desenvolvimento humano desde, digamos, os hominídeos até as raças modernas, e tendendo para conclusões, positivas ou negativas, mas válidas para todas as sociedades humanas, desde a grande cidade moderna até a menor tribo melanésia.

Esta ideia de Corrêa (2010) é também corroborada com Maía (2000) e Assis (2008) pode-se, pois, dizer, neste sentido, que existe entre a antropologia e a etnologia a mesma relação que se definiu acima entre esta última e a etnografia.

Por fim, Lévi-Strauss escreve: etnografia, etnologia e antropologia não constituem três disciplinas diferentes, ou três concepções diferentes dos mesmos estudos. Corrêa (2010) diz que são, de fato, três etapas ou três momentos de uma mesma pesquisa, e a preferência por este ou aquele destes termos exprime somente uma atenção predominante voltada para um tipo de pesquisa, que não poderia nunca ser exclusivo dos dois outros.

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i. A preferência por uma ou outra nomenclatura depende da tradição teórica do país. Por exemplo, o que se faz em nome da antropologia cultural nos EUA, na França se reconhece como Etnologia e na Grã-Bretanha como Antropologia Social.

ii. A Etnologia é definida como a ciência que estuda as heranças biológicas (ditas raciais), costumes e línguas da humanidade, isto é, suas características, suas origens, diferenças e distribuição espacial

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