Uma inspecção identificou humidade ascendente numa parede por meio de um humidímetro eléctrico, e foi executada uma barreira química seguida pela aplicação um novo reboco. Uma prática perfeitamente aceitável.
Cerca de 4 anos depois, durante uma peritagem para transacção da casa, um Perito detectou, com um humidímetro, que a parede injectada estava “húmida”. O empreiteiro original foi chamado ao local e ele também obteve medições de humidade elevadas. No entanto, desta vez ele usou um humidímetro de carbonato e declarou que a parede tinha “menos que 5 % no tijolo”; isto, segundo ele, era aceitável.
Pergunta-se, se estas leituras elevadas representavam um nível de humidade “aceitável” na parede, então porque é que as leituras elevadas obtidas na inspecção inicial, 4 anos antes, não representavam também um nível de humidade “aceitável” ???
Finalmente, foi declarado (incorrectamente) que um número inferior a 5 % de humidade livre na parede demonstrava que a humidade ascendente tinha sido efectivamente controlada. O BRE Digest só refere os “5 %” medidos na base da parede, ou seja, abaixo de qualquer posição de injecção.
Assim, se este número for encontrado, não pode ser depois da execução da barreira – tem que ser antes dos trabalhos de injecção! Portanto, deve-se concluir que, baseados no presente comentário ao BRE, “Apesar de ser apenas um indicador grosseiro, o padrão dos 5 % representa um razoável indicador genérico sobre se deve ou não ser encarada uma forma qualquer de tratamento curativo.”, primeiro que tudo o mais, a parede nem sequer tinha tido necessidade de receber o tratamento!