Sais derivados do ãcido sulfúrico.
Encontram-se frequentemente nos materiais de base para a construção, no seu estado natural; este facto não deve espantar, visto que 6% da crosta terrestre é composta por estes sais.
Podem-se encontrar nas paredes:
- Nas vizinhanças do mar, tratando-se, neste caso, de sulfato de magnésio;
- Em sequência de subida capilar de águas subterrâneas que contenham sulfatos;
- Como componentes de materiais usados na construção, ou mesmo na água de amassadura das argamassas;
- Pela presença de microrganismos que se encontram sobretudo nas pedras calcárias ao ar livre, que conseguem metabolizar o enxofre em sulfatos;
- Como produto da poluição atmosférica.
Um dano característico provocado nas alvenarias por estes sais, é a erosão consequente da sua capacidade de produzirem eflorescências com danos no material pétreo, por causa da água de cristalização e o respectivo aumento de volume.
Um outro motivo pelo qual os sulfatos devem ser considerados extremamente perigosos, é consequente da sua capacidade em cristalizarem com diferentes quantidades de água.
Isto provoca uma alteração do seu volume conforme a humidade relativa e a quantidade de água, produzindo uma variação de pressão no interior das paredes ou dos rebocos em que se alojam.
Por exemplo, o sulfato de sódio, com uma humidade atmosférica semelhante a 75%, pode aumentar de volume até 40%.
A presença dos sulfatos é facilmente identificável quando se nota um esfarelamento superficial dos materiais, sob a forma de “areia”, um levantamento do estrato pictórico, um destacamento do reboco ou um a corrosão superficial.
Nem sempre as zonas atingidas por este fenómeno apresentam sinais de humidade, porque a água que favorece o processo de sulfatação é eliminada sob a forma de vapor.