O termo sujidade engloba:
- Os “encrassements” (deposições): depósitos de matéria, não penetrante e mais ou menos agarradas ao material, que não fica modificado. Exemplos: empoeiramento, depósitos terrosos, fuligens (depósito de fumos), desenvolvimento de algas e de líquenes, depósitos de excrementos,…
- As “souillures” (manchas): matérias estranhas que penetram mais ou menos profundamente no material praticamente não lhe modificando mais que o aspecto. Exemplos: grafitti, manchas de óleo, de betuminosos, de ferrugem, de sulfato e de carbonato de cobre, fumos transportados pelas chuvas para os poros dos grés e dos tijolos.
O limite entre as crostas e as manchas nem sempre é nítida. Um exame atento da superfície pode por vezes eliminar a ambiguidade. A título de exemplo, notemos que:
- A maioria das pedras naturais ou artificiais contendo carbonato de cálcio (CaCO3) apresentam, em meio poluído, uma crosta de gesso na sua superfície (CaSO4.2H2O), que, ao se formar, repele para o exterior as poeiras e as fuligens. Haverá então deposição (depósito ou crosta) e não mancha.
- Os grés (não calcários) e os tijolos porosos, mesmo em meio poluído, não formam a barreira gispsosa na sua superfície, pelo que as fuligens e as poeiras, transportadas pela água da chuva, penetram na material por vezes até vários milímetros de profundidade originando uma mancha.
- Como a porosidade dos materiais pétreos nunca é nula, os óleos, as gorduras, os sais corantes (por exemplo, de cobre e de ferro) e os corantes orgânicos são susceptíveis de penetrar mais ou menos profundamente pelas faces intercristalinas e de se fixarem por absorção, manchando assim os materiais.
- Em certas pedras, a acção de matérias alcalinas ou uma lavagem com água (+detergente) provoca, na secagem, a formação de zonas acastanhadas ou um escurecimento superficial. Este fenómeno é provocado por uma deslocação das matérias orgânicas ou dos sais de ferro contidos na pedra. Trata-se igualmente de uma mancha.