Todas as ferragens de portas e de janelas, se forem genuinamente antigas, vão mostrar desgaste e irregularidades; o ferro está, frequentemente, bastante fino e os pregos são geralmente discretos. As ferragens Vitorianas e as mais recentes, em comparação, tendem para terem um ferro mais espesso, fixações proeminentes (frequentemente parafusos, mas por vezes pregos “feitos à mão” fingidos que são demasiadamente regulares), e uma decoração mais elaborada. São particularmente deploráveis as reproduções modernas de dobradiças e de trincos em ferro que têm uma superfície falsamente irregular que é suposta parecer-se com um envelhecimento genuíno.
Isto não é verdade com as ferragens Arts and Crafts; elas têm uma aparência genuinamente artesanal, mas usam, frequentemente, diversos tipos diferentes de decoração num único artigo, enquanto que os originais usavam apenas um ou dois. Alguns dos seus artigos parecem-se com o que seriam os do século XVII em novos; o seu desenho está correcto, mas falta-lhes, simplesmente, o envelhecimento.
Actualmente, onde forem necessárias novas ferragens a condizer com os originais sobreviventes, é, geralmente, aceite que a abordagem Arts and Crafts respeita o carácter destes edifícios vernáculos.
Podem ser usadas as técnicas de desenho e de manufactura originais, mas não deve ser feita nenhuma tentativa para se imitar artificialmente a patina da idade, não só porque os acabamentos falsos confundem a história do edifício, mas também porque um falso de má qualidade põe em dúvida a autenticidade dos próprios originais.
Ter em atenção que os desenhos podem variar entre uma ferragem e outra; pode ser errado replicar-se um único desenho por toda a casa. As igrejas retêm, frequentemente, muitas das ferragens antigas que são semelhantes, e por vezes idênticas, às que foram usadas nas casas locais. Os artigos mais recentes estão, frequentemente, datados, pelo que podem ser uma boa fonte de referenciação para materiais do século XVII e XVIII.