Apontamentos Pulverizações repetidas com água a baixa pressão

Pulverizações repetidas com água a baixa pressão

Definição e Execução

Este método, utilizado por exemplo para amolecer as deposições negras de gesso sobre a pedra calcária, consiste em se pulverizar por meio de rampas munidas com bicos de aspersão um mínimo de água sobre a superfície do material, sem escorrimento propriamente dito, o que, num primeiro tempo, é inútil.

As pulverizações são de curta duração e entrecortadas por períodos de paragem, sendo o objectivo manter-se a superfície continuamente húmida sem saturação do material “no coração”.

A deposição é assim amolecida por dissolução parcial e de seguida removida por meio de um jacto de água (máximo 2 Mpa).

A eficácia do método é nitidamente aumentada se procedermos a um tratamento manual das superfícies à espátula ou à escova dura não metálica, ou se o enxaguamento for feito com água quente.

A água utilizada é de preferência abastecida pela rede de distribuição pública (água ligeiramente básica) e pulverizada à pressão desta, quer dizer, geralmente inferior a 1 Mpa, sobre a fachada a tratar.

Os bicos aspersores são fixados em rampas fixas ou móveis.

Aspectos Positivos

  • Este procedimento convém particularmente para a limpeza das matérias calcárias ou de ligante calcário apresentando crostas de gesso.
  • Praticamente não altera a superfície do material.
  • É ecológico.

Aspectos Negativos

  • Este procedimento não permite eliminar deposições fortemente ou profundamente aderidas, nomeadamente em materiais siliciosos (grés, tijolos, …).
  • Se o consumo de água for elevado, os mesmos efeitos secundários podem aparecer (infiltrações de água, formação de fungos, de algas e de musgos, alterações dos revestimentos interiores, manchas castanhas, degradações causadas pelo gelo, alteração da crosta de gesso, …).
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Conclusões

As pulverizações repetidas com água a baixa pressão seguidas de um enxaguamento sob pressão convém particularmente:

  • Para as habitações e para os monumentos históricos nos quais não se possa encarar outros métodos por diversas razões e, em particular, tendo-se em conta a existência de uma friabilidade importante da superfície;
  • Para as superfícies a manter regularmente (por exemplo, anualmente em local urbano);
  • Para os materiais não porosos de superfície lisa.

É muito vivamente recomendado limitar-se a duração da pulverização de água ao tempo mínimo necessário para impregnar a deposição sem penetração importante no material subjacente.

Para se aumentar a sua eficácia, este método é frequentemente combinado com outros sistemmas, em função dos materiais encontrados.

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