Apontamentos Preservação do Estuque Ornamental Histórico

Preservação do Estuque Ornamental Histórico

Desde os tempos em que a América lutava por uma nova identidade sob a forma de uma república constitucional – e também durante o século XX – a sua arquitectura, com a respectiva pormenorização decorativa, permaneceu firmemente enraizada no classicismo Europeu de Palladio, Wren e Mansart.

Juntamente com os pedreiros e carpinteiros qualificados, os estucadores ornamentais viram o seu ofício tradicional florescer desde meados do século XVIII até aos anos da Depressão de 1930. Durante este período de duzentos anos, como os estilos Georgiano e Federal exprimiam os revivalismos – Grego, Rococó, Gótico, Renascimento e Espanhol – os estucadores decorativos reflectiram cada estilo, resultando na alargada variedade da ornamentação que hoje sobrevive. Os métodos tradicionais de produção e de instalação do estuque decorativo interior foram trazidos intactos da Europa para este país 1, e a sua prática permanece virtualmente inalterada até hoje.

Tal como as paredes e os tectos lisos, o estuque ornamental histórico é feito de gesso e cal, que são materiais estáveis. Sendo um material extremamente versátil, o gesso pode ser modelado, moldado, inciso, colorido, estampado ou decorado a stencil. No entanto, como parte integrante do sistema construtivo, está sujeito aos típicos problemas de intrusão da água, movimentos estruturais, vibrações e alterações insensíveis, e ainda consequentes de obras de acrescento ou adaptação.

Esta Nota Técnica foi preparada para apoiar os proprietários de edificações, os arquitectos, os empreiteiros, e os fiscais Federais na identificação das causas da ruína do estuque ornamental, na especificação da sua reparação e das técnicas de substituição, e na contratação de pessoal qualificado para a execução dos trabalhos. O objectivo desta Nota está limitado à reparação do estuque ornamental corrente; certas formas de estuque ornamental, tais como a “scagliola”, a composição ornamental e a Pedra de Caen artificial não são aqui abordados, assim como não é abordado o projecto e a instalação do estuque ornamental na construção nova. Finalmente, não se discute nenhuma orientação para a utilização de materiais de substituição compatíveis com a aparência do estuque decorativo histórico – uma opção legítima conforme as Normas da Secretary of Interior para o Tratamento das Edificações Históricas – porque são objecto de outras Notas sobre interiores.

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