Existem muitos casos em que é necessário um diagnóstico definitivo sobre a humidade, a podridão ou o ataque da madeira por insectos.
Frequentemente, esse diagnóstico vai fazer parte dos procedimentos legais durante o desenvolvimento de uma acção judicial.
Seja qualquer for o caso, o problema e as suas causas vão exigir serem rigorosamente – e ainda mais importante – objectivamente determinados.
Isto irá envolver o emprego de pessoas com as qualificações, conhecimentos e experiência apropriados para a execução de uma investigação desse teor, e muita objectividade.
É, portanto, muito importante verificar-se a experiência e a competência do especialista antes de se requisitarem os seus serviços.
Porque é que não se chama, digamos um Inspector Encartado? Em termos gerais, é improvável que ele detenha as necessárias competências e o apoio de especialistas ou equipamentos executar tais trabalhos especializados.
É uma situação semelhante à de um clínico geral contra um especialista, no caso da medicina: são “cavalos de trabalho”. De muitas formas, o investigador especialista em humidade/ madeira pode ser encarado como um “patologista da construção”.
Humidade:
Em muitos casos, o especialista vai ter que fazer uma investigação – no caso da humidade, é quase sempre necessária a obtenção de dados objectivos recolhidos quer por amostragem, quer por outras medições e observações.
Especialmente no caso da humidade, os dados são da maior importância – os números obtidos podem suportar (ou não) uma reclamação específica. Na verdade, tais dados, apresentados como parte de uma investigação global, resolvem, frequentemente, a disputa para um lado ou para o outro, eliminando, assim, mais custos legais, despesas com tribunais, etc.
Onde existem problemas de humidade, têm que ser obtidos dados rigorosos – se não, a disputa pode prolongar-se desnecessariamente e tornar-se muito dispendiosa. Por exemplo, há uma pequena questão a discutir sobre leituras de humidade superficial feitas com um humidímetro eléctrico; uma muito pequena quantidade de água livre e de sais
higroscópicos provocam a obtenção de medições muito elevadas– e, no caso da alvenaria, o que é que estas significam realmente, ou reflectem, quando é exigido um diagnóstico definitivo?
De forma semelhante, um par de simples medições com um humidímetro Carbide pode ter muito pouco valor, especialmente quando as amostras forem recolhidas logo acima, ou logo abaixo, de uma barreira hidrofugante injectada.
E, claro que vai haver dificuldades consideráveis na interpretação de uma tão pequena quantidade de dados, provavelmente mal recolhidos, em primeiro lugar.
Qualquer amostragem in situ deve ser cuidadosamente feita e em quantidade suficiente para que os dados obtidos sejam significativos e, também muito importante, adequados à pergunta feita sobre a identificação do problema. E, claro, será o investigador capaz de interpretar os resultados obtidos?
Tais investigações consomem tempo e não vão, certamente, ser feitas de graça; o trabalho global (investigação in-situ, análises, recolha de dados e, muito importante, a preparação do relatório) vão gastar diversos dias de um determinado período de tempo, e serão cobrados honorários adequados a esse trabalho.
Madeira:
Em geral, as investigações sobre a madeira são um pouco diferentes.
Apesar de se poderem recolher alguns dados simples, tais como o conteúdo em humidade da madeira (ou da alvenaria, se for
apropriado), as inspecções in-situ envolvem, principalmente e em geral, observações circunstanciadas conjuntamente com a total
compreensão, pelo investigador, da natureza e dos requisitos dos organismos invasores, especialmente em relação às condições preponderantes.
Mais uma vez, tais investigações têm que ser mantidas objectivas. Ocasionalmente, pode ser necessária a realização de análises.
Por exemplo, se foi aplicado um imunizador para madeiras e em que quantidade o foi? Terá sido suficiente para ser teoricamente eficiente? Um dado desta natureza vai exigir a utilização de técnicas comprovativas especializadas.
Novamente, é necessário garantir-se que o investigador sabe executar este trabalho, e igualmente importante, saberá ele interpretar os seus resultados?