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Os fóruns sociais devem-se fazer também com os movimentos populares ou com os movimentos dos “sem”

O Fórum Social Mundial (FSM), assim como os Fóruns continentais, representam uma esperança para os 2,8 biliões de humanos que vivem na pobreza, confrontados com a miséria, com as desigualdades, com as guerras, com a mercantilização de todas as actividades vivas, e com a destabilização do eco sistema.

Os Fóruns sociais contribuem para a modelação de um mundo solidário e pacificado, emancipador dos oprimidos, das minorias, e respeitador do eco sistema.

Os actores actuais do FSM devem contribuir para a construção de uma relação de forças suficiente para transformar o mundo.

Deve ser aberta uma nova etapa na construção de uma alternativa ao capitalismo neoliberal, pela associação dos movimentos de luta dos pobres ou dos “sem” deste planeta, favorecendo o seu desenvolvimento.

Com efeito, cerca da maioria da humanidade vive com menos de dois dólares por dia. Ela não deve ser apenas actriz, já que se encontra ameaçada: a lógica do sistema neoliberal não é a de deixar sobreviver uma população improdutiva que não tem meios para consumir, mas mesmo assim consome as riquezas não renováveis do planeta, correndo-se o risco de se limitar a concentração das riquezas.

Nós pedimos que o 3.º Fórum Social Mundial e que os Fóruns continentais integrem os movimentos de luta dos pobres que emergem um pouco por todo o planeta, o que lhes dá uma grande visibilidade e os coloca no centro deste encontro, com a finalidade de dar um segundo fôlego a esta iniciativa e de fazer convergir todos os actores da luta contra a ditadura do neoliberalismo económico.

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O que implica que os organismos prevejam desde já:

  • A mobilização dos meios para financiar o transporte das representações dos movimentos populares, e não exclusivamente o dos quadros nacionais.
  • A aceitação da integração dos representantes na mesa dos oradores, nomeadamente dos quadros locais, em todos os seminários, plenário e fóruns.
  • A colocação à sua disposição de um espaço autónomo de debates para que esses movimentos avaliem as movimentações mundiais, troquem as suas experiências,
    elaborem estratégias e convergências.