Introdução
Nesta unidade temática pretende-se discutir questões ligadas aos discursos da identidade nacional moçambicana ligando a ideologia á prática. Este assunto propõe que se apresente os factos de forma clara academicamente e proporcione a compressão cientifica que se pretende. Daí que ao completar esta unidade, o estudante deverá ser capaz de:
Objectivos específicos
- Conhecer as motivações do discurso nacionalista.
- Fazer enquadramento científico no tempo e espaço.
Desenvolvimento
Paredes (2014) afirma sobre discursos nacionalistas, há que realçar elementos como sensos, danças culturais, jogos escolares, -unidade nacional, figuras “desprezadas” como régulos e agora readmitidos com nova roupagem ou rótulo para assegurar o alcance e garantia de manutenção de objectivos igualmente nacionais.
Em seu Discurso na tomada de posse como Presidente da República Popular de Moçambique, de acordo com Paredes (2014) o Presidente da FRELIMO Samora Moisés Machel afirmava que a luta de libertação nacional de Moçambique teria sido contra o carácter imperialista do colonialismo português.
De maneira clara e contundente, afirmava que “ o racismo, o regionalismo e o tribalismo como inimigos que deveriam ser combatidos ao mesmo título que o colonialismo”.
Este posicionamento de Samora Machel marca a singularidade das decisões tomadas em Moçambique no que tange ao relacionamento entre identidades étnicas pré-coloniais, migrações e valores coloniais e o projecto de construção da identidade moderna moçambicana.
Vale dizer que, em cada etapa, naturalmente, foram re-ignificados os termos nos quais a própria construção identitária foi pensada ou proposta, independentemente da escala referida: regional, étnica ou nacional.
O que é natural, visto serem as condições contextuais e o ideário mobilizado. É muito difícil, a não ser por arroubos românticos e/ou historicistas, estabelecer indelevelmente um fio condutor único ligando gerações, ideias, projectos políticos e contextos distintos (PAREDES, 2014)