Actualmente, a principal utilização do chumbo é a execução de “rufos” para remate e de revestimentos para coberturas, sendo fácil darmo-nos conta da versatilidade deste material cinzento escuro.
Usa-se o chumbo não só em barras com uma pequena secção em H, conhecida por “cames” para a fixação dos “quarries” de vidro nos vitrais e nas clarabóias, mas a sua impermeabilidade, o seu baixo ponto de fusão e a sua suave maleabilidade natural fazem com que o chumbo seja ideal para decorações e ornamentações esculturais.
Pode ser encontrada ornamentação em chumbo fundido em muitas igrejas e capelas por todo o Reino Unido, incluindo a decoração de “funis” e tubos de queda de água pluvial, terminais de coberturas e até pias baptismais, assim como formando o revestimento decorativo de cúpulas e de agulhas, desde a Idade Média até aos dias de hoje.
Reconhece-se que o chumbo dura centenas de anos, mesmo em condições de exposição atmosférica. Isto é assim porque a superfície de carbonatos de chumbo lavados pela chuva forma uma camada protectora que evita a degradação.
Quando correctamente instalado, a maior ameaça para todas as formas de trabalhos em chumbo não é tanto a exposição atmosférica, mas sim a facilidade com que este material é fundido e aplicado noutras utilizações.
É geralmente aceite que, por exemplo, muitas pias baptismais medievais foram fundidas para a fabricação de balas, especialmente no Séc. XVII.
O roubo continua a ser vulgar, e a ignorância sobre o valor do artesanato medieval também prestou o seu contributo através de inumeráveis “restauros”.