Depois de identificadas as 2 situações de risco, foi preparado o projecto de restauro embora à luz das (escassas) informações que foi possível recolher, sobre a história de conservação da obra.
Afastada a hipótese de se “decapar” a superfície da escultura, retirando-lhe os vestígios da patina original, para a levar ao metal vivo, já que seria contrária a uma correcta metodologia de restauro, a intervenção consistiu na remoção, onde possível, dos produtos da corrosão e na “tonalização” da superfície com a patina original, tratando-a quase como uma pintura.
Para se proteger a nova “patina” (e o bronze subjacente) a superfície da escultura foi tratada com um protector em duas camadas, a primeira à base de resinas sintéticas e a outra (a verdadeira “camada sacrificial” em contacto com a atmosfera, a ser controlada e renovada com uma cadência pré determinada) à base de ceras.
Quanto ao outro problema, montado o andaime, será possível escavar-se em redor das longarinas para se instalar um pequeno alimentador que origine uma micro corrente catódica de alimentação com o objectivo de se inibir a corrosão.
O restauro foi efectuado no Istituto Centrale per il Restauro do Ministero per i Beni e le Attività Culturali, com pessoal e fundos próprios (fora as despesas com o andaime, com a segurança do estaleiro, com o alimentador e com a documentação filmada, a cargo da Proprietária) no âmbito de uma actividade financiada para a conservação e restauro da arte contemporânea, que investe mesmo no ensino, e cujos mais recentes resultados consistem no restauro de obras de Pascali, Lazzari, Accardi e Turcato pertencentes à Galleria Comunale d’Arte Contemporanea de Roma.
O trabalho demorou 6 meses e empregou a tempo inteiro 2 restauradores e 4 aprendizes de restauro de forma contínua, para além do director dos trabalhos de história de arte, de 7 especialistas científicos, de 2 fotógrafos, de 1 documentadora gráfica e de 2 funcionários administrativos.