Durante a construção, os edifícios assentam conforme o terreno se ajusta ao novo peso imposto por cima de si.
Quando são construídos sobrem rochas, cascalho ou areias, o assentamento construtivo está substancialmente completo no final da construção.
Nas argilas, siltes e turfa, no entanto, os assentamentos demoram vários anos. Uma vez que o assentamento construtivo fique completo, ele nunca mais volta a ocorrer, a menos que o status quo se altere.
O assentamento construtivo normalmente não é prejudicial desde que a estrutura assente uniformemente e seja suficientemente robusta para acomodar assentamentos diferenciais.
Um solo muito variável produz assentamentos diferenciais excessivos. Por exemplo, quando parte do aterro de uma casa se sobrepõe ao leito de um antigo rio, é natural que essa parte assente numa quantidade diferente do que o resto do aterro.
O assentamento construtivo também pode ocorrer quando as estruturas existentes são substancialmente ampliadas ou recalçadas, porque as tensões no terreno são aumentadas até uma profundidade maior do que anteriormente.
De forma semelhante, existe risco de ocorrer um assentamento diferencial entre um edifício que foi perturbado e partes vizinhas que não o foram, tais como edifícios vizinhos que concluíram os seus assentamentos construtivos há anos atrás.
O assentamento pode ser difícil de controlar por causa das ligações existentes entre o conjunto.
Se ocorrer um dano estrutural, este deve ser monitorizado e reparado no final do período de assentamento.
Deve ser sempre feita uma previsão, no orçamento do projecto, para se pagar a monitorização e reparação de qualquer avaria que possa suceder.
O assentamento construtivo nem sempre se detém. Alguns edifícios antigos com fundações sobrecarregadas assentes em argilas moles, incluindo algumas casas Georgianas e Vitorianas, nunca atingiram bem o equilíbrio e ainda hoje estão a afundar-se ligeiramente, em consequência da natureza da argila.
