Consiste na interpretação e análise da informação etnográfica. A separação entre a etnologia e a etnografia não é fácil de estabelecer, pois não só frequentemente o etnólogo e o etnógrafo são a mesma pessoa como este é sempre guiado por alguma orientação teórica no seu trabalho de campo.
Não existe recolha cega de informação, qualquer tarefa etnográfica é sempre orientada por escolhas determinadas pela teoria etnológica, seja ela qual for.
A etnologia revela os padrões e regras gerais que governam o comportamento humano. Esta ideia revela uma preocupação universalista que actualmente não é partilhada pela maioria dos antropólogos/etnólogos (os nomes são sinónimos na maior parte das vezes).
De qualquer maneira, a etnologia procura comparar a informação etnográfica recolhida em diferentes locais e sociedades, quanto mais não seja para tentar mostrar que não existem comportamentos ou elementos culturais universais e que cada sociedade humana é diferente de todas as outras.
Esta é uma questão antiga na antropologia e sem solução à vista.
Uns preferirão salientar a similitude e a universalidade dos fenómenos culturais, outros a diferença e especificidade de cada sociedade.
O paradoxo da antropologia é ter de criar universalidades a partir de casos particulares no tempo e no espaço; por um lado estuda casos particulares, mas por outro tenta enquadrá-los universalmente. Trata-se de um círculo hermenêutico sem saída.