A conservação é, geralmente, um processo não dramático. É, frequentemente, imperceptível e, pela sua natureza intrínseca, geralmente subtil.
Consequentemente, a limpeza pode ser um dos mais satisfatórios processos de conservação porque os seus resultados são imediatamente visíveis, e é apelativo para os proprietários do edifício, uma vez que o seu investimento é prontamente aparente.
No entanto, concentrando-nos apenas nos benefícios estéticos da limpeza, corre-se o risco de se desprezarem as causas da sujidade e de se ignorar a história do edifício.
A limpeza tornou-se um dos aspectos mais controversos da conservação, levantando perguntas fundamentais. Será sempre necessária, ou mesmo benéfica? Estaremos sempre com muita pressa em limpar? No passado, muitos edifícios foram danificados pela limpeza e até as mais apropriadas técnicas de limpeza podem ser prejudiciais.
Possivelmente, o aspecto mais benéfico da limpeza é a revelação da condição do edifício, onde a sujidade pode ter escondido fracturas ou danos estruturais, e proporcionar o abrandamento da deterioração graças à remoção de materiais que sejam agressivos.
Entre os diversos métodos disponíveis, a limpeza por nebulização é o mais delicado.
Este artigo aborda alguns dos muitos factores que devem ser considerados antes da selecção deste método de limpeza como sendo o mais apropriado, assim como se dá conta das questões que o envolvem.