Os imunizadores para madeira aplicados por aspersão contém um insecticida de contacto, tal como o permethrin ou o cypermethrin.
Basicamente, tudo o que os insectos têm que fazer é porem-se em contacto com este material – o insecto não tem que o ingerir; mas se o fizer, também será morto. Assim, e teoricamente, poder-se-ia argumentar que os insecticidas de contacto têm, ao mesmo tempo, uma acção gástrica e de contacto.
Quando a madeira é aspergida com o imunizador, este penetra na superfície, provavelmente entre 2 a 6 mm, para deixar um “embrulho” protector de insecticida.
Qualquer fase do insecto, inicialmente rodeada pelo fluido contido no “embrulho”, será morta. As que permanecerem abaixo do “embrulho” vão sobreviver e continuar a sua actividade.
Claramente, estas fases terão que entrar em contacto com o “embrulho” de insecticida, em qualquer ocasião, para que este seja eficaz. Isto acontece, pelo menos teoricamente, quando (a) os adultos emergem, e (b) as larvas eclodem dos ovos postos superficialmente.
Os adultos: Os adultos serão mortos conforme tentem perfurar o seu caminho pela madeira, ao atravessarem esse “embrulho” que contém o insecticida de contacto; lembremo-nos que eles não se alimentam e que têm que entrar em contacto com o insecticida para que este faça efeito. Nestas condições, o insecticida que actua por contacto não deve permitir que eles atravessem o “embrulho” (os insecticidas que não sejam de contacto não têm efeito nesta fase).
Na verdade, quer o permethrin, quer o cypermethrin, tal como todos os insecticidas derivados de pyrethroid são de rápida actuação.
Mas se, mesmo em tais circunstâncias, os insectos conseguirem emergir com sucesso, é porque não foram afectados pelo tratamento – ficam, então, livres para acasalarem e porem ovos.
Os ovos e as larvas: Está bem documentado que o caruncho vulgar das mobílias acasala e põe ovos dentro dos túneis, frequentemente bastante abaixo da superfície. Isto faz com que, frequentemente, os ovos e a subsequente eclosão das larvas estejam abaixo do tratamento aplicado, seja ele um insecticida de contacto ou de outro tipo.
Assim, isto conduz ao sucesso da eclosão e da sobrevivência das larvas. Uma vez que a infestação continua, o tratamento passa a ser considerado como falhado.
Se, apesar de todos os esforços, não se conseguiu evitar a emergência e a postura de ovos, da eclosão e da sobrevivência, é porque aconteceu um falhanço.