Para a selecção dos granulados a usar, devem-se ter em conta entre outros os seguintes parâmetros:
- A natureza dos granulados: certos granulados podem libertar sílica, como por exemplo as areias quartzosas ou siliciosas (areias de Mol ou de Maastricht), enquanto que outros, entre os quais podemos citar a areia de olivina e o vidro triturado, praticamente não a contém. A eventual utilização de granulados solúveis na água (como o bicarbonato de sódio), prevista em certos procedimentos, apresenta a vantagem de que os granulados não são evacuados na forma sólida. Todavia, os perigos que apresenta a adição de sais solúveis aos materiais da fachada levam a desaconselhar esta técnica para os suportes porosos.
- A forma dos granulados: a eficácia dos granulados angulosos é superior à dos granulados arredondados. Os primeiros limpam por abrasão, enquanto que os segundos agem por fractura superficial do material da fachada. Por esta razão e a título de exemplo, o vidro triturado é geralmente preferível às esferas de vidro para a limpeza corrente de fachadas.
- A dureza dos granulados: para uma limpeza eficaz, a dureza dos granulados deve ser superior à do material e eliminar. Por outro lado, o efeito abrasivo e os riscos de alterações aumentam com a dureza.
- A densidade ou massa volúmica dos granulados : a densidade dos granulados intervém igualmente nas fórmulas de cálculo da energia cinética e do impacto dos grãos.
- A cor dos granulados: em certos casos, o cor dos granulados pode ter um efeito nefasto sobre o resultado – a utilização de granulados de cor escura está desaconselhado na limpeza de materiais de tonalidade clara, e isto, quanto mais
estes últimos apresentem uma textura superficial mais aberta.
O consumo de granulados é função da natureza e do estado dos materiais a limpar, tal como da granulometria e das pressões de trabalho. Situa-se geralmente entre os 3 e os 6 kg/m2.
A título indicativo, algumas características dos granulados mais vulgarmente usados.