As fissuras podem aparecer quer numa fase prematura logo após o revestimento das fachadas, que é a situação mais frequente, quer muito mais tarde, muitos anos após a conclusão do edifício.
As fissuras do reboco podem ser agrupadas em:
- Fissuras superficiais
- Fissuras profundas ou rachas
Fissuras superficiais
As fissuras superficiais não ultrapassam a espessura da camada única ou das múltiplas camadas de reboco. Em geral não seguem uma direcção específica.
Podem aparecer em qualquer direcção e dão frequentemente origem a linhas de fissuração fechadas, parecendo células ampliadas, de grandes e de pequenas dimensões.
As fissuras superficiais são geralmente consequentes de uma deficiente aplicação dos revestimentos.
A aplicação de argamassas sobre superfícies muito secas ou quentes provoca um endurecimento muito rápido e a consequente retracção laminar.
A aplicação de rebocos sobre superfícies sujas com qualquer espécie de fungos, poeiras, ou sob decomposição química activa, dá origem a um tipo de fissuração seguida de destacamento.
Fissuras profundas
A fissuras profundas penetram mais fundo nas paredes, ultrapassando os revestimentos e atravessando também os elementos de suporte da parede, tijolos, blocos de pedra, ligante hidráulico e betão armado.
As fissuras profundas também diferem das outras pela sua direcção específica e pela sua localização em pontos específicos da arquitectura dos edifícios.
As fissuras profundas são geralmente consequentes de movimentos estruturais, a maioria para baixo, nas fundações da fachada.
As fissuras profundas e as fissuras superficiais podem ter a mesma aparência se não forem coincidentes com a superfície da parede tosca e com o revestimento. Isto acontece quando a parede se separa do seu revestimento.
Exame
O método para se examinarem as condições de um estuque/ reboco fissurado é pela percussão da sua superfície com um pau ou com o cabo de um martelo:
Um som claro e aberto indica adesão do reboco ao suporte. Um som oco e profundo indica destacamento do suporte.