Há dois aspectos da porosidade que podem afectar os crescimentos biológicos.
São eles o volume efectivo dos poros, que controla a quantidade de água que pode ser retida por um arenito, e a distribuição da dimensão dos poros, que controla a disponibilidade de água bem como o espaço dentro da pedra que está disponível para ser colonizado.
O tamanho de um organismo constitui o limite inferior para a dimensão do poro dentro do qual ele pode crescer.
Geralmente, os poros com diâmetros inferiores a 10 mícrones só permitem o crescimento de bactérias.
Os fungos e as algas, sendo bastante maiores, ficam confinados aos poros de maior dimensão.
No entanto, acontecem muitos crescimentos de algas sobre as superfícies de arenitos, e este crescimento superficial só é afectado pela porosidade na medida em que esta afecta a disponibilidade em humidade e a rugosidade.
As algas também podem aparecer abaixo da superfície exterior, no caso de organismos fotossintéticos, onde a profundidade a que podem acontecer está dependente da penetração da luz (Nienow et al., 1988).
Nessas circunstâncias, a distribuição da dimensão dos poros irá controlar os organismos que podem colonizar o ambiente sub-superficial.
Os resultados da medição da porosidade ao mercúrio indicaram que, entre todos os arenitos usados nestes ensaios, o de Leoch era excepcional sob o ponto de vista de que a maior parte da sua porosidade era menor do que 0,1 mícrones de diâmetro.
Portanto, o arenito de Leoch não continha, praticamente, nenhum espaço de poros (<1%) com uma dimensão que conseguisse conter microrganismos ou água biodisponível.
Não foi, por isso, surpreendente, que o arenito de Leoch demorasse mais tempo a ser colonizado.
Entre os outros tipos de arenitos, nos casos dos arenitos de Blaxter, Clashach, Corsehill e Lochabriggs, mais de 75% da porosidade total tinha um diâmetro superior a 1 mícron.
No arenito de Cat Castle, esta proporção era ligeiramente menor, mas ainda aproximada dos 75%.
Isto indicava que, para todos os tipos de arenitos, com a excepção do de Leoch, a maior parte da água retida nos poros da pedra estava disponível para os microrganismos.
No caso dos arenitos não tratados, descobriu-se existir uma correlação bastante razoável entre a porosidade efectiva total e a quantidade de crescimento de algas, com maior crescimento de algas a ocorrer nos arenitos mais porosos.
Isto é, muito provavelmente, consequência das diferenças na disponibilidade de humidade, já que os arenitos mais porosos podem reter mais humidade do que os arenitos menos porosos.
A correlação encontrada entre a porosidade e o crescimento de algas não era exacta, e pode não o ser mesmo, já que, para além da porosidade, outros factores influenciam o crescimento de algas.
Encontraram-se, também, alguns problemas na comparação da grandeza do crescimento de algas entre os diversos tipos de arenitos.