Corrosão Segura – Os artefactos em ligas de cobre não revestidos, que tenham sido conservados limpos e secos, desenvolvem normalmente superfícies estáveis.
Estas superfícies estáveis podem aparecer avermelhadas, entre negras a castanhas, ou entre verdes a azuis. As cores acastanhadas e negra podem resultar da oxidação natural não destrutiva do cobre, que por vezes é chamada erradamente de “fuligem”.
Podem-se acumular crostas espessas, mas os produtos de corrosão compactos que não progridem podem, na realidade, proteger o objecto, se forem deixados intactos. As “patinas” propositadamente aplicadas, que podem ter qualquer variedade de cores, actuam geralmente como uma protecção para o metal.
Corrosão Problemática – Corrosão activa: Se for detectado o desenvolvimento de pequenos sinais de pó verde que crescem rapidamente, o artefacto está a sofrer daquilo a que se chama
vulgarmente de «doença do bronze».
Conforme acima afirmado, as superfícies verdes são frequentemente vistas, mas podem não ser causa para alarme, se a camada de corrosão for contínua e não descamar com facilidade.
Um pó brilhante ou “ceroso” de cor verde esbranquiçada, que se forma em pequenas áreas na superfície, ou nas cavidades da superfície do metal, indica uma corrosão activa e avançada.
Se for deixada sem tratamento, este tipo de corrosão pode provocar danos muito significativos nas ligas de cobre históricas, já que provoca a “picagem” da superfície e uma perda contínua de metal.
Esta condição é por vezes denunciada quando esse pó verde cai de um objecto em que não se mexeu. É provocada pela presença de sais no ar, ou por depósitos deixados por uma limpeza ou por um manuseamento inadequados, e progride quando o ar está húmido.
Os níveis elevados de poluição atmosférica com amónia provocam depósitos de corrosão azulados. Nalguns raros casos as “patinas” contém componentes corrosivos que podem contribuir para a corrosão.
A corrosão nas ligas de cobre vai progredir com uma Humidade Relativa (HR) elevada,normalmente acima dos 70 %.
Para a maioria dos metais, a HR crítica pode ser ainda MAIS BAIXA em atmosferas poluídas (como em Detroit). O pó e a fuligem deixados acumular nos objectos metálicos vai, na realidade, reter a humidade na sua superfície, e pode induzir a corrosão, mesmo quando a humidade não for tão elevada.
O latão e o bronze envernizados ou lacados podem geralmente suportar a corrosão durante tanto tempo quanto esses revestimentos estejam intactos.
Quando aparecem perdas no revestimento, a corrosão progride, geralmente sob a forma visível de riscos escuros onde as áreas desprotegidas oxidaram.