O hoje designado em Setúbal, Palacete Fryxell, fica situado no alto de S. Sebastião, sobranceiro ao porto e ao estuário do rio Sado.
O edifício, construído ao pé da muralha medieval e junto à porta com o nome daquele santo, é herdeiro do antigo colégio dos Jesuítas, começado a construir em meados do século XVII.
O volume principal desenvolve-se através de um corpo central em dois pisos, ladeado por torreôes quadrangulares, mais altos, numa tipologia de que se encontram outros exemplos em Lisboa: por exemplo em Belém, em face dos Jerónimos e na estrada marginal, em Paço d’Arcos.
Entre este volume central do edifício e a muralha, que lhe fica perpendicular, foi construído um outro corpo que cresceu sobre a abóboda de uma pequena capela, anexa por sua vez, a um claustro na parte posterior do volume central. Este novo corpo está completamente adoçado à muralha.
O edifício, a capela e os claustros anexos, foram comprados pelo estado em 1982, aos herdeiros da Família Fryxell, para aí ser instalado o Instituto Politécnico de Setúbal.
Ao longo destes últimos anos, o edifício foi objecto de diversas obras de adaptação interior, de modo a conferir alguma funcionalidade aos serviços mas, infelizmente, ainda não pôde ser alvo de um projecto de reabilitação.
Uma primeira tentativa, de que existe uma maqueta datada de 1984, não teve sequência.
Propunha de qualquer modo algumas soluções construtivas que suscitam, em nossa opinião, uma análise mais aprofundada e discussão.
Recentemente, a actual Direcção do Instituto, confrontada com uma absoluta exiguidade de espaços para desenvolver actividades de natureza diversa, decidiu avançar, a partir de disponibilidades financeiras próprias, para obras de conservação e de recuperação dos espaços ao nível do piso dos claustros.
Este espaços, Cave do Edifício, Capela, Sacristia, Claustros e Jardins Anexos estiveram durante alguns anos abandonados, tendo servido como arrecadação. A Capela não foi intervencionada.
É portanto este o contexto das obras.