Se o canhão estava carregado, eram retirados o tapa-boca, a bucha (de corda ou de palha), a bala, mais palha e a pólvora.
Era então levada a cabo a electrólise no furo, usando-se um electrólito de hidróxido de sódio ou uma mistura de hidróxido de sódio/ sesquicarbonato de sódio.
Um interior foi quimicamente decapado pelo uso de uma solução de EDTA. Os furos eram depois lavados esfrega com água desionizada e uma solução de benzotriazol (BTA) em água que era aplicada antes da secagem com acetona.
Os exteriores eram mecanicamente limpos das concreções e corosão superficial solta pelo emprego de ferramentas manuais e de escovas de cerda de vidro.
A superfície era desengordurada por esfrega com acetona, a seguir com uma solução de benzotriazol em Diluente Metílico Industrial e finalmente lacada com Incralac em acetona.
Depois a superfície era revestida com cera microcristalina (cera “Renaissance Wax”) que se empregava também no enchimento de áreas danificadas.
Apesar deste trabalho ter sido feito há vinte anos, não sei se não teria procedido de maneira diferente actualmente.
Não sou um grande apreciador da limpeza química ou por electrólise, já que ela remove as evidências e pode levar a posterior corrosão se os químicos não forem totalmente enxaguados, mas se a corrosãp acontecer dentro du furo, podemos não dar por ela durante muito tempo.
O BTA não é infalível e certas ligas de cobre podem continuar a ser corroídas após o tratamento.
Pode ser preferível hidrolisarem-se os cloretos instáveis antes de se empregar este tratamento, mas alguns destes tratamentos podem modficar a corrosão.
Ouvi dizer que Bob Smith das Royal Armouries em Leeds, no Reino Unido, tem vindo a usar a lavagem a quente no tratamento de canhões. Eu não sei o que ele faz faz, mas isto pode hidrolisar os cloretos.