Já falamos de como se modifica a altura da subida capilar da água, conforme as características físicas dos materiais de construção. Estas características do material de base, usado na construção de uma parede, determinam a diversidade de comportamentos da inteira construção, sob o efeito da humidade.
Em particular, se as juntas da argamassa na alvenaria são finas, o comportamento dessa mesma alvenaria tende a identificar-se com a do material empregue.
O tijolo tem uma capacidade de absorção 3 a 5 vezes superior à da argamassa aérea.
Numa alvenaria bem feita, com juntas finas, a subida da água fica assim facilitada. Se a alvenaria for construído, pelo contrário, com pedras não capilares, por exemplo com pederneira, a subida da humidade será muito reduzida, porque apenas terá as camadas de argamassa como caminhos para essa subida.
No ponto em que a taxa de subida capilar for igual á taxa de evaporação, manifesta-se um sinal de demarcação que divide a parte inferior da superior ainda intacta. Esta mancha húmida, que sai de uma forma contínua a partir do pavimento, não ultrapassa geralmente um metro de altura.
No caso de se verificarem manchas de humidade excessivamente altas, por exemplo superiores a 2 metros, é necessário verificarem-se as canalizações, o equipamento fixo ou outros elementos que impeçam uma ventilação normal das partes baixas das alvenarias.
As alvenarias das caves ou das fundações em geral, imersas no terreno, absorvem a água contida neste, transportando-a para cima de forma tanto maior quanto mais forte for a espessura das paredes, ao mesmo tempo que outras circunstâncias: de facto, para um igual teor percentual de água, as paredes de maior espessura contêm uma maior quantidade daquela e a superfície exterior dos paramentos, por onde ela pode evaporar, é independente da espessura dessas paredes, pelo que a quantidade de água retida é tanto maior quanto mais espessas forem as paredes.