Nas fachadas caiadas, posteriormente revestidas com tintas de emulsão plástica, tintas baseadas em cimento ou tintas modernas de silicone, ocorrem frequentemente juntas degradadas pelo gelo e empolamentos.
Particularmente as casas antigas construídas com tijolos moldados manualmente, assentes com argamassas de cal, estão numa área perigosa.
A causa dos danos é frequentemente devida ao facto de os materiais modernos usados no tratamento de fachadas serem muito impermeáveis, o que provoca uma diminuição da natural transmissão da humidade e do vapor.
A humidade fica acumulada atrás das superfícies, a partir de onde vai evaporar lentamente, pelo que se irão depositando cristais os quais continuam a crescer.
Isto é mostrado pela experiência e está documentado pelos assim chamados números PAM (valor dado pela pressão vezes a humidade).
Os valores PAM dos materiais acima mencionados são os seguintes:
- Caiação: 0,0 a 0,4
- Tintas baseadas em pó de cimento: 0,8 a 1,0
- Tintas de emulsão plástica: 2,0 a 7,0
Estes números enfatizam que a cal é o material que sem dúvidas oferece maior difusão.
A ortância das superfícies abertas da cal, comparadas, por exemplo, com materiais mais impermeáveis é revelada por todos os danos que ocorreram durante os últimos anos e que estão relacionados com os tratamentos superficiais modernos.
A argamassa de cal bem endurecida é adicionalmente deteriorada se estiver enclausurado por um material com um elevado número PAM.
Outros danos são provocados pela água que penetra a partir do exterior, através de fissuras finas, e que se acumula atrás do tratamento superficial impermeável sem ter a possibilidade de evaporar rapidamente através desse revestimento superficial denso.
A acumulação de água na alvenaria leva à formação de cristalizações e de danos por congelamento durante o inverno, os quais se manifestam por desagregações nas juntas e pela formação de depósitos calcários.