Planície Litoral
A planície litoral, estende-se ao longo de toda a faixa costeira, estreitando da foz do rio Rovuma, ao delta de Zambeze e alonga-se na parte Sul à chamada grande planície moçambicana até à Ponta de Ouro, (Muchango, 1999, p. 22).
Ela ocupa 1/3 do território nacional aproximadamente 250.000 km2. E a maior extensão encontra-se nas províncias de Sofala, Inhambane e Gaza, tornando se cada vez mais estreita quando do se caminha para norte.
Hipsometricamente, a planície Moçambicana é muito homogénea, sem grandes flutuações: a altitude não ultrapassa os 200 m mas distinguem-se 2 faixas, designadamente uma no litoral tendo como máximo 100 m de altitude e outra a seguir a esta cuja altitude varia de 100 a 200 m. (IEDA, 2012, p.11).
Existem ainda as chamadas planícies depressionárias que se estendem ao longo dos vales dos principais rios, acabando por receber o nome das respectivas bacias hidrográficas, como por exemplo:
- Planície do Incomáti;
- Planície do Limpopo;
- Planície do Save;
- Planície do Búzi;
- Planície do Lúrio;
- Planície do Lugela;
- Planície do Messalo;
- Planície do Zambeze.
Planaltos
Em Moçambique, os planaltos ocorrem principalmente nas regiões Centro e Norte do país onde são mais expressivos sobretudo nas províncias de Manica, Tete, Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado, configurando-se em montes ilhas ou “inselbergs”.
Na região Sul do país, os planaltos ocupam apenas uma pequena faixa na zona ocidental das províncias de Maputo e Gaza num alinhamento montanhoso de aproximadamente, 900 km de comprimento e 30 km de largura máxima junto à fronteira com a Suazilândia, República da África do Sul e Zimbabwe (Muchango, 1999, p. 28).
Importa salientar que em algumas zonas planálticas ocorrem planícies de acumulação que resultam das escavações realizadas nos vales dos rios, como é o caso dos vales dos rios Zambeze, Messalo e Lugela. Na zona dos planaltos distinguem-se:
- Planaltos médios (200m – 600 m de altitude);
- Altiplanaltos (600m – 1000 m de altitude);
Segunto Goméz (2017, p.61), existem planaltos de referência em Moçambique a saber: Planalto Moçambicano que Localiza-se nas províncias da Zambézia e Nampula.
Nesta região os planaltos possuem altitudes que variam de 600 e 1.000 metros de altitudes e a principal característica do planalto Moçambicano é a ocorrência de “inselbergs” designados por montes ilhas ou residuais.
Planalto de Niassa – localiza-se na província de Niassa ao longo do lago Niassa;
Planalto de Mueda – localiza-se na província de Cabo Delgado;
Planalto de Chimoio – Localiza-se na província de Manica junto à fronteira com Zimbabwe;
Planalto de Marávia – na província de Tete junto à fronteira com Zâmbia;
Planalto de Angónia – na província de Tete junto à fronteira com Malawi;
Importa salientar que a região planáltica ocupa cerca de 2/3 do território sendo, de vez em quando interrompida por montanhas.
Montanhas
As formações montanhas com altitudes iguais ou superiores a 1.000 metros e não chegam a constituir uma zona contínua e homogénea. As principais formações ocorrem na zona centro e norte do país, erguendo-se na zona planáltica.
Segundo Goméz (2017, p.62), as principais formações montanhosas estão agrupadas em cadeias montanhosas, sendo de mencionar:
Cadeia montanhosa de Maniamba – Amaramba – ocorre no Niassa, ao redor do Lago.
Tem na Serra Jéci, com 1.836 m dos pontos mais altos.
Formações Chire-Namuli – encontra-se na Zambézia e tem como pontos mais altos o monte Namuli e a serra Inago, com 2.419 m e 1.807 m, respectivamente.
Maciço de Chimanimani – que se estende ao longo da fronteira entre a província de Manica e a República do Zimbabwe.
Nele se localiza o monte Bingo que é o mais alto país, com 2.436m. Ainda nesta cadeia localiza-se o monte Goóngue e a serra Coa com 1.887 e 1.844m, respectivamente.
Cadeia dos montes Libombos – ao longo da fronteira com a República da África do Sul, nas províncias de Maputo e Gaza.