Existe uma certa quantidade de factores que devem ser considerados quando se pensa nos sistemas químicos de hidrofugação e nos consequentes trabalhos de substituição de rebocos. O guia seguinte pretende fornecer uma contribuição positiva sobre a hidrofugação química, sobre o seu desempenho e sobre a importância dos trabalhos de substituição dos rebocos.
Deve ser totalmente apreciado que a água livre nos materiais de construção não é desejável porque pode levar à degradação das decorações e à podridão; em certos casos, pode levar ao colapso do próprio material, por exemplo, do adobo.
Na verdade, nos finais do século XIX, alguém entendeu como apropriado estipular a introdução de camadas impermeáveis na generalidade das construções e esta prática forma, claramente, uma parte essencial de todas as edificações construídas desde essa altura; é esse, seguramente, o caso, hoje em dia.
Se uma camada impermeável não tivesse consequências, não seria necessário ela existir nem estar presente nos “Regulamentos”, etc., e poderia não fazer parte de todas as edificações novas.
Nestas condições, as camadas impermeáveis são, obviamente, benéficas quer para os edifícios, quer, igualmente, para os seus ocupantes.
Um outro factor que deve ser considerado é que, em igualdade de condições, a humidade ascendente tende a atingir maior altura nas paredes espessas do que nas paredes finas; isto é consequência da baixa relação entre a espessura destas paredes e o seu volume, já que a evaporação está principalmente dependente da área superficial.
Esta é uma constatação importante a ser considerada quando se lida com edificações com paredes com dimensões mais largas – simplesmente o síndroma chamado “deixar as paredes respirarem” para se deter a ascensão da água pode demonstrar provocar poucos efeitos em tais casos.