Os estucadores na América do Norte utilizavam dois materiais para criarem o seu trabalho artesanal – a cal e o gesso. Até finais do século XIX, os estucadores usaram estuques de cal. O estuque de cal é constituído por quatro componentes : cal, agregado, fibra e água. A cal provém da pedra calcária triturada e aquecida ou de cascas de ostra; o agregado, da areia; e a fibra, de cerda de gado ou de pelo de cão. As alterações de fabricação nos finais do século XIX tornaram possível usar-se o gesso como material para estuque. Os estuques de gesso e de cal foram ambos usados para as camadas de base e de acabamento durante os princípios do século XX; posteriormente, o gesso foi preferido porque faz presa mais rapidamente e, inicialmente, proporciona um acabamento mais duro.
Não só se alterou o material básico do estuque, mas o método para a sua aplicação também mudou. Na América inicial, as janelas, as portas e outros guarnecimentos de vãos eram assentes em obra antes de o estuque ser aplicado nas paredes. Em geral, o trabalho de carpintaria era pintado antes da aplicação desse estuque. A obtenção de uma parede aprumada e nivelada, quando se trabalhava contra moldados constituídos por camadas sobrepostas, deve ter sido difícil. Mas, algures durante a primeira metade do século XIX, os construtores começaram a instalar “molduras” de madeira ao redor das portas e janelas e na base das paredes.
A instalação destas molduras, que era feita de modo a que elas ficassem aprumadas e niveladas, facilitou muito o trabalho, porque o estucador podia trabalhar a partir de uma superfície plana, aprumada e nivelada. As carpintarias eram, depois, pregadas contra estas molduras, após as paredes terem sido estucadas. A existência de estuque por detrás dos guarnecimentos é muitas vezes um auxiliar para a datação das casas históricas, ou para se compreender a sua evolução física.