Gasta-se uma boa porção de tempo e de esforços a desenvolverem-se esquemas para a conservação dos edifícios históricos, mas por vezes parece que os andaimes e as obras provisórias, os meios pelos quais os esquemas de conservação são cumpridos com sucesso, recebem uma atenção escassa.
Se não forem correctamente erigidos e com os devidos cuidados e atenção aos pormenores, estes trabalhos podem provocar uma grande quantidade de danos na fábrica histórica.
Os processos básicos de projectar e de levantar os andaimes e as obras provisórias num edifício histórico não são muito diferentes dos que são necessários quando está em causa qualquer outro edifício.
O objectivo deste artigo é esclarecer alguns dos pontos importantes que necessitam de uma atenção especial se quisermos evitar danos na fábrica histórica.
Quando se trata de edifícios não históricos, os danos provocados por andaimes e por obras provisórias incorrectamente erigidos, embora sejam aborrecidos e provoquem despesas desnecessárias, podem ser reparados, frequentemente, sem deixarem defeitos sérios.
No que respeita a uma fábrica histórica, qualquer dano que seja produzido é permanente e podem ser perdidos pormenores significativos. Uma vez marcada, uma fachada importante fica marcada para sempre.
Um trabalho de escoramento deficientemente erigido, seja ou não num edifício historicamente significativo, tem o potencial de permitir o colapso de parte desse edifício com consequências desastrosas e possivelmente fatais.
A experiência demonstra que quando as coisas correm mal é geralmente devido a falta de atenção a pormenores aparentemente menores.
Os andaimes e as obras provisórias devem ser capazes de serem construídas sem a necessidade de qualquer implicação importante com a fábrica histórica.
Isto deve estar sempre presente nas cabeças dos projectistas e dos montadores de andaimes e de obras provisórias.