Quando se decide iniciarem-se reparações, é essencial que se reconheçam as qualidades do edifício em questão, e o que é que está a provocar os defeitos.
Isto deve ser conjugado com um claro entendimento do material de construção das paredes – a sua composição e a sua técnica de construção.
Muitos sistemas de construção de paredes com terra servem de suporte de cargas e têm funções de resistência aos elementos climatéricos, pelo que qualquer calendário de reparações necessita, claramente, de ser preparado com a compreensão da totalidade das funções desempenhadas pela parede.
O texto seguinte trata, em primeiro lugar, das reparações da superfície das paredes destinadas a melhorar-se a sua resistência à intempérie, e, em segundo, das reparações que se destinam também a repor a integridade estrutural da parede.
Um exemplo típico da primeira espécie é quando a parede sofreu erosão superficial causada por salpicos da chuva ou por animais que lhe urinaram em cima, ou por outra causa do mesmo género.
É necessário proceder-se a uma análise cuidadosa para se garantir que o material original sobrevivente continua, de facto, a proporcionar o adequado suporte estrutural.
Não podem ser estabelecidas regras estritas e rápidas num documento como este.
Em obras maciças de suporte de carga tais como o “cob”, se o problema está confinado a meia-dúzia de buracos com cerca de 75 mm de profundidade, há boas hipóteses de se aplicarem com sucesso reparações superficiais in-situ, empregando-se materiais condicentes.
No entanto, é necessário estar-se consciente da possibilidade de existirem outros problemas a vencer ao mesmo tempo, por exemplo fendas profundas ou tocas de ratos, ditando a necessidade de uma reparação mais estrutural.