Após a catástrofe o Primeiro-Ministro do reino, o então chamado Marquês de Pombal, de seu nome Sebastião José de Carvalho e Melo, a 4 de Dezembro de 1755 (1 mês depois da catástrofe) recorreu ao Engenheiro-Mor do reino, mestre de campo-general Manuel da Maia, com 80 anos, que com o Arq. o Eugénio dos Santos e Carvalho e o engenheiro e arquitecto Carlos Mardel, formaram um triedro que foi o cérebro de toda a reconstrução da Nova Lisboa.
O testemunho de um visitante em 1765 relata que “parecia que não havia pressa alguma em começar a reconstruir a cidade”.
Os escombros que restavam dos antigos edifícios e que mais tarde viriam a servir de material de construção para os novos, mantinham-se em amontoados dispersos.
Um ano depois, o Terreiro do Paço, agora chamada Praça do Comércio, estava parcialmente edificado. Até ao início do século seguinte, a reconstrução da cidade parecia lenta para os que a visitavam. Na verdade a obra duraria quase um século.
Não existe qualquer registo do início da construção do Quarteirão em análise neste artigo, mas admite-se que, uma vez que o mesmo se integra nos edifícios da Praça do Comercio, a sua construção data da mesma época da Praça.
O quarteirão é constituído por um bloco de 62.5 ́ 43.5 m2, com um dos vértices voltado para a Praça, no qual se incluem arcadas.
A sua localização na malha Pombalina, evidencia que, ao longo do tempo, sempre se tratou de um conjunto de edifícios com muita importância para a Cidade, onde, neste século, se têm fixado instituições bancárias e organismos do Estado.