A evolução mundial da população urbana
Actualmente as cidades são grandes pólos de concentração da população. De 1950 para 2005, a população urbana mundial passou de 750 milhões para cerca de 3 mil milhões. E as projecções apontam 5 mil milhões em 2030.
A população urbana mundial está-se a concentrar rapidamente nas grandes e médias cidades. Nos Países em Vias de Desenvolvimento (PVD) verifica-se não só um aumento astronómico de números de cidades com mais de um milhão de habitantes, como também uma maior concentração de pessoas nas mesmas.
No entanto, a população urbana vai duplicar entre 2000 e 2025.
Ao fenómeno da grande concentração de pessoas a viver nas cidades dá-se o nome de urbanização.
Para identificar a percentagem de população urbana em relação à população total, ou seja, o número de pessoas que vivem nas cidades, utiliza-se o indicador da taxa de urbanização. esta é calculada através da seguinte fórmula:
TU = PU x 1000
P
A Taxa de Urbanização (TU) é a percentagem da população que vive no espaço urbano (Pop. Urbana) em relação à população total (Pop Total) de uma dada região. No entanto, pode-se dizer que a taxa de urbanização é o número de
citadinos por cada 100 habitantes.
Os ritmos de crescimento das cidades e população nos PVD’s é mais acelerado do que do que nos Países Desenvolvidos (PD). Por sua vez, os motivos que explicam o crescimento da urbanização nos PD também é diferente dos PVD.
Nos PD os motivos prendem-se com:
- Ao desenvolvimento da indústria e do sector terciário que conduziu à criação de postos de trabalho.
- À mecanização da agricultura que libertou muita mão-de-obra dos campos, que se dirigiu para as cidades à procura de trabalho.
Nos PVD os motivos do crescimento urbano relacionam-se com:
- O fenómeno recente do elevado crescimento demográfico, bem como das péssimas condições de vida existentes nas áreas rurais (pobreza, carência de terras para cultivar, falta de emprego, casamentos prematuros, poligamia etc.).
Em Moçambique, a população urbana cresceu depois da independência nacional (1975), com as nacionalizações do património imóvel (1977) e durante a guerra civil entre a FRELIMO e RENAMO (1976 – 1992).