Apontamentos A curiosidade intelectual e o interesse pelo exótico

A curiosidade intelectual e o interesse pelo exótico

Introdução

A ciência se desenvolveu porque sempre o ser humano teve curiosidades, vontade de saber, descobrir e interpretar os fenómenos. A antropologia é uma dessas ciências que pela sua curiosidade intelectual e o interesse pelo exótico auxilia o processo de conhecimento para:

Objectivos específicos

  • Explicar o porque de tantas diferenças entre grupos humanos.
  • Explicar o homem, a sociedade e a cultura a partir de circunstâncias específicas.
  • Definir os paradigmas de explicação e compreensão do homem e do mundo.

Desenvolvimento

Ao longo da nossa disciplina, aprendemos que os homens sempre tiveram uma grande curiosidade acerca do porquê das diferenças humanas e sociais. De acordo com Francelin (2004) a busca por essa explicação a princípio tomou como base a aparência física: cor de pele, cabelo e olhos, formato dos olhos, textura dos cabelos, altura etc.

Gradativamente, os estudiosos perceberam que o parâmetro da aparência física não servia para explicar a diversidade.

De acordo com o mesmo autor, o critério mais relevante está no modo de vida, particular ou próprio de cada grupo humano. Ou seja, as diferenças seriam oriundas das formas encontradas pelo homem na busca da satisfação de suas necessidades mínimas (fisiológicas e psicológicas), a partir das condições dadas para a sua sobrevivência: a natureza, o conhecimento e o domínio do conhecimento.

Consubstanciado a ideia trazida pelo Francelin (2004), Copans (1999) afirma que a necessidade premente de conhecer-se e conhecer os outros, entender e explicar o porquê de tantas diferenças entre os grupos humanos, ao longo dos tempos, consubstanciou os modelos explicativos.

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No quadro das ciências humanas, a maioria dos paradigmas se
constituiu da confluência de saberes oriundos de distintas ciências.

Cada ciência humana é composta por visões interpretativas, por meio das quais os estudiosos observam, analisam e explicam o homem, a sociedade e a cultura, a partir de circunstâncias específicas. Ou seja, a diversidade sociocultural é investigada por modelos explicativos edificados a partir de circunstâncias históricas específicas, dos interesses e dos objectivos envolvidos no estudo e na reflexão dos temas analisados (ASSIS, 2008).

Na opinião do Francelin (2004), podemos afirmar que a compreensão do homem, da sociedade, da cultura ou da diversidade humana – suas manifestações, implicações, enfim, os aspectos que lhe são inerentes – não resultou do esforço de um único pesquisador ou grupo de pesquisadores, observando a mesma realidade num único lugar e numa época demarcada.

Na verdade, o entendimento do homem enquanto ser plural resultou de um esforço amplo e complexo, perpassado por diversos factores, dentre eles, o tempo, o espaço, as peculiaridades histórico-sociais e cognitivas inerentes aos sujeitos que se propuseram a tal estudo.

No entanto, de acordo com Maía (2000) e Gusmão (2008) é necessário frisar que ao longo do processo de construção da explicação e compreensão do homem e do mundo, os paradigmas (modelos explicativos) tanto uniram quanto separaram os homens, pois em seu interior sempre se encontram presentes as concepções e os ideais de uma época.

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