Apontamentos Inadequações do Solo e das Fundações

Inadequações do Solo e das Fundações

Os edifícios medievais primitivos em madeira tinham os seus postes principais cravados no terreno, mas quase todos os edifícios que ainda sobrevivem têm vigas de assentamento repousando sobre plintos de alvenaria baixos.

Os edifícios medievais em alvenaria tinham paredes que eram construídas directamente sobre o terreno, sem quaisquer tentativas de se dispersarem as cargas por uma fundação mais larga: por vezes estas paredes eram alargadas posteriormente, ou recalçadas, para oferecerem uma maior distribuição da carga no terreno.

Em terrenos de boa qualidade, o recalçamento continuou a fazer-se até à primeira Guerra Mundial, em data após a construção, com uma viga de betão pouco profunda, directamente betonada numa vala, cerca de 500 mm abaixo do solo.

Em terrenos mais fracos eram, por vezes, cravadas estacas finas de madeira antes de se construir a alvenaria.

Com o advento do aço macio moderno e do betão armado, por volta do virar do século XIX, as fundações tornaram-se mais sofisticadas.

O movimento das fundações superficiais é normalmente causado pelo normal assentamento construtivo, pela exploração mineira, por fugas em esgotos, por argilas retracteis, por raízes de árvores, por alterações do nível freático, por cargas adicionais e pela abertura de túneis.

Os edifícios históricos flexíveis estão frequentemente mais aptos para lidarem com o movimento do que as estruturas modernas rígidas, graças à prevalência das argamassas fracas de cal, às paredes espessas, às estruturas de madeira, aos arcos e à construção abobadada.

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As estruturas modernas com paredes esbeltas, assentes com argamassas fortes de cimento e estuques frágeis, sem cornijas, acusam de imediato a mais pequena fissura.