O recalçamento é uma operação trabalhosa, barulhenta e traumática para os edifícios e também para os seus ocupantes.
A menos que sejam incluídos sistemas de elevação sofisticados e dispendiosos, o recalçamento vai inevitavelmente promover mais subsidiência adicional conforme os trabalhos assentem.
Se a estrutura for parcialmente recalçada, por exemplo uma casa sobre um aterro, então podem ocorrer danos futuros conforme o resto da estrutura não recalçada for continuando a assentar.
Por estas razões, o recalçamento deve ser evitado sempre que possível.
O recalçamento, sob um ponto de vista puramente de engenharia, não é necessário nas seguintes condições:
- Quando a causa do movimento do terreno tiver cessado e seja improvável que volte a ocorrer, pode ser suficiente a reparação dos danos produzidos.
• Quando a taxa e a magnitude total previsível do movimento do terreno não tenham grande probabilidade de afectarem a robustez estrutural, a estabilidade ou a integridade do edifício durante a duração da sua vida previsível, podem ser suficientes algumasreparações e pinturas periódicas. Portas e janelas podem ter que ser afinadas de tempos a tempos ou trocadas por outros tipos que sejam mais tolerantes para com a distorção da sua moldura.
Quando se prevê que o movimento do terreno vá danificar a estrutura, pode ser possível reduzir-se suficientemente esse movimento para se evitar o recalçamento, fazendo-se por exemplo:
- Poda e corte de raízes das árvores.
- Reparações de esgotos rotos.
- Modificando a superestrutura.
- Injectando-se o terreno à pressão.
Em certos casos, tais como quando um edifício vai ser vendido, um proprietário pode ser compelido a recalçá-lo, por forma a atrair os compradores, mesmo que isso não seja necessário em termos de engenharia.
