Onde forem introduzidas janelas modernas, termicamente eficientes, janelas secundárias ou vedantes à prova de correntes de ar, a perda da ventilação pela periferia dos antigos caixilhos pode promover o aparecimento de problemas de condensação e de humidade dentro do edifício.
As origens da humidade são as cozinhas e as casas de banho, a respiração, os materiais de construção tais como o estuque rápido, e as paredes exteriores maciças e os pavimentos. Num edifício adequadamente ventilado, a humidade pode nunca ser encarada como um problema.
No entanto, seladas as portas e as janelas, o nível de humidade pode escalar rapidamente até ao ponto em que os acabamentos pintados das paredes exteriores começam a descamar, em que o bolor aparece, em especial, nas cozinhas e nas casas de banho, e em que o risco de degradação da madeira aumenta substancialmente ao atingirem-se níveis de humidade por volta dos 20 a 30%.
Deve ser encarada uma ventilação controlada da totalidade do edifício, tendo-se em consideração o fornecimento de ar fresco proveniente do exterior pelos níveis inferiores e passando através do edifício até sair, idealmente, pelas fugas das chaminés e por baixo dos beirados, sem que haja a necessidade de ventiladores visíveis e evitando-se as correntes de ar. Deve-se prestar particular atenção às caixas-de-ar sob os pavimentos, bem como aos compartimentos e às casas de banho do piso térreo. Também podem ser usados recuperadores de calor para se recuperar boa parte do calor perdido desta forma, como parte de uma abordagem inteligente à eficiência térmica.
Desde que executada com cuidado e reflexão, é possível melhorar-se a eficiência térmica dos edifícios, com um impacto mínimo na sua aparência e no seu interesse histórico, através do uso de uma larga variedade de medidas. Apesar de existirem casos excepcionais, em que é possível introduzirem-se vidros duplos nos edifícios históricos, e ainda maiores oportunidades nas áreas de conservação, deve-se recordar que este é, apenas, um dos muitos métodos para se melhorar a eficiência térmica dos edifícios.