Definição e Execução
Esta técnica consiste na projecção sob pressão de vapor de água saturado contra a fachada.
Convém muito bem se as sujidades não estiverem muito incrustadas e permite aos materiais conservar a sua patine.
O mecanismo de eliminação da sujidade decompõe-se em três fases:
- Amolecimento da sujidade pela água condensada que escorre pela fachada. Este escorrimento substitui parcialmente a pulverização prévia com água.
- Descolamento da sujidade pela acção mecânica do vapor, favorecido pela temperatura elevada.
- Evacuação da sujidade pelo escorrimento de água, que resulta do arrefecimento do vapor.
- O equipamento utilizado compõe-se por uma lança accionada manualmente e alimentada por um gerador de vapor sob pressão.
- A água utilizada é geralmente retirada da rede de distribuição pública. À saída da lança, a temperatura da mistura água-vapor está compreendida entre 120o e 160oC. A pressão correspondente situa-se entre 0,2 e 0,6 Mpa.
- É primordial que o vapor à saída da lança esteja saturado, de maneira a se obter em contacto com a superfície fria um escorrimento de água susceptível de arrastar as sujidades descoladas pelo jacto de vapor e de se assegurar indirectamente um escorrimento prévio sobre as superfícies mais abaixo; procede-se com efeito de cima para baixo.
- A limpeza com vapor seco está interdita, porque causa o risco de “cozer” e de fixar a sujidade ao material.
Aspectos Positivos
- O material conserva a sua patine.
- Em princípio, o estado da superfície não é alterado.
- Não há produção de poeiras.
- As únicas matérias primas usadas são o combustível e a água; o consumo de água é pouco importante.
- O procedimento é ecológico.
Aspectos Negativos
- Existe um risco de degradação em caso de fachadas constituídas por materiais antigos finamente trabalhados, porque o calor pode produzir tensões e provocar a formação de fissuras nesses materiais.
- As deposições fortemente aderidas não são eliminadas.
Conclusões
O procedimento de limpeza por vapor húmido saturado convém particularmente para a limpeza das pedras compactas e dos materiais pouco porosos, como os betões decorativos, e, de uma maneira geral, para a manutenção das fachadas.
Apesar dos resultados positivos obtidos com a ajuda desta técnica, ela é pouco utilizada hoje em dia e substituída cada vez mais pelo procedimento com água (quente) sob alta pressão (ver art.o 5.1.4), que não permite no entanto obterem-se os mesmos resultados.