A maioria dos materiais de construção estão livres de cloretos e de nitratos solúveis, mas estes podem aparecer em quantidades significativas, como resultado a longo prazo de um complexo de subida da humidade, em que a sua origem estava nas águas do terreno antes de subirem pelas paredes. Depois de muitos anos de subida da humidade pelas paredes e da sua continuada evaporação, estes sais vão sendo deixados para trás na alvenaria.
Geralmente, estes sais estão distribuídos dentro da parede afectada como uma “faixa” concentrada de sais perto da altura máxima de subida da humidade, sendo detectadas quantidades menores a níveis mais baixos da parede.
É possível que a base da parede não contenha quantidades significativas destes sais, mesmo quando existe um complexo de humidade ascendente há muitos anos.
Quer os cloretos, quer os nitratos, que sobem a partir das águas do terreno, são higroscópicos e podem provocar sinais visuais da humidade e danos na decoração quando estão presentes em quantidades suficientes, mesmo se a humidade ascendente já não estiver activa.
O teor da absorção de humidade por estes sais é governado pelo seu nível de contaminação e pela humidade do ambiente envolvente. É improvável que os níveis de contaminação mais baixos possam provocar quaisquer problemas significativos.
Os cloretos podem ser frequentemente encontrados isolados nas áreas costeiras, onde eles são originados pela água salgada existente na atmosfera; por vezes eles também podem ser encontrados onde tiveram lugar processos especiais, por exemplo, em cozinhas antigas convertidas onde eles são consequentes do sal culinário que lá era armazenado.
Os sulfatos são vulgares em muitas alvenarias, com o mesmo nível ou num outro – os estuques de gesso contém um elevado teor em sulfato de cálcio e podem ser vistas “eflorescências” nas suas superfícies, onde a água passar através destas evaporando, sendo geralmente constituídas por sulfato de sódio. Podem ser encontrados em redor das fugas de chaminés associados com os sais higroscópicos acima descritos.
O cimento Portland vulgar contém cerca de 3 % de sulfatos (medidos como SO3). Os sulfatos adquirem uma importância especial onde existirem produtos à base de cimento que estejam contaminados por eles.
Isto provoca a formação de aluminosulfato de cálcio (etringite) sob condições de humidade e alta alcalinidade, o que faz com que o cimento expanda acima dos 200 %, provocando desintegrações.
Os sais de amónia podem, por vezes, ser detectados ao redor das fugas das chaminés, onde são originados pela combustão da madeira e de outros combustíveis fósseis.
Os cloretos e os nitratos também podem ser encontrados nesta situação, e todos estes sais estão habitualmente associados a descolorações consequentes de “extracções” formadas pela combustão dos materiais.
Os sais de amónia são geralmente higroscópicos.