Todas as obras de alteração estão regulamentadas pelos “Building Regulations”. A Part L da “The Conservation of Fuel and Power” (ou a Part J do “Scotish Building Regulations”) aplica limitações estritas às perdas de calor permitidas nos edifícios novos, nas ampliações em que a área de pavimento proposta exceda os 10 m2, e nalguns casos de edifícios existentes afectados por alterações. Habitualmente, nos edifícios existentes só os componentes que vão ser alterados é que serão afectados pelos Regulamentos. No entanto, sempre que um edifício esteja a ser compartimentado em apartamentos, ou alterado de uma utilização não residencial para outra residencial, bem como para certas outras alterações de utilização, eles podem vir a ser aplicados à totalidade do edifício. As conversões residenciais vão exigir que se consigam desempenhos energéticos que satisfaçam o “Standard Assessment Procedure”. A Part L (ou J) não se aplica a edifícios ou às suas ampliações que não sejam habitáveis. Uma estufa, por exemplo, pode não ter que as cumprir se estiver separada do interior do edifício por portas ou se tiver menos que 10 m2.
Os padrões de isolamento, que são medidos em unidades de transmissão térmica ou “valores-U”, favorecem os vidros duplos em lugar dos vidros simples, mas existe um considerável grau de flexibilidade, e a Part L declara especificamente que os vidros duplos “podem ser não apropriados para os trabalhos de conservação”. São estabelecidos padrões de aceitação expressos pela relação entre a área do vão da janela e a área do pavimento, quer para vidros simples, quer para vidros duplos, e também são aceites variações relativamente a esses padrões “se forem tomadas precauções compensatórias”; os incrementos de isolamento do vão do telhado, por exemplo, podem ser usados para compensar a perda de calor através dos vidros simples; os ganhos solares através das janelas viradas a sul também podem ser tomados em consideração.
É interessante reparar-se que o alumínio e o PVC não têm tão bom desempenho como a madeira, em termos da respectiva eficiência térmica. Além disso, ambos envolvem um muito maior consumo de energia na sua produção do que a necessária para a produção da madeira – cerca de 45 vezes mais, no caso do alumínio (números da TRADA). A madeira, um recurso natural renovável, é claramente preferível a qualquer alternativa fabricada pelo homem.