Como a remoção da tinta é um processo difícil e penoso, já aconteceram – e continuam a acontecer – muitas experiências lamentáveis quer para o edifício histórico, quer para o seu proprietário.
Alguns edifícios históricos têm sido incendiados com maçaricos; madeiras irreversivelmente retraçadas por jactos de areia ou por equipamentos mecânicos, tais como lixadeiras rotativas ou decapadoras de arame rotativo; e camadas de tintas históricas inadvertidamente e desnecessariamente removidas.
Além disso, os proprietários de edifícios, ao usarem técnicas que substituem a segurança pela velocidade, têm sido afectados pelos vapores tóxicos ou pelo pó de chumbo provenientes da tinta que estavam a tentar remover, ou ainda pelo uso errado dos próprios decapantes. Os proprietários de casas históricas, que pensem em remover a tinta, também devem estar conscientes da quantidade de trabalho e de tempo envolvidos. Embora a remoção de camadas danificadas de tinta de uma porta ou de um alpendre possa ser facilmente executada dentro de um período de tempo razoável, por uma ou duas pessoas, a remoção de tinta em áreas maiores de um edifício, sem ajuda profissional, pode
tornar-se facilmente incomportável e produzir resultados abaixo de satisfatórios. Nestas condições, deve ser sempre analisada a quantidade de trabalho envolvida em qualquer obra de remoção de tinta, numa perspectiva individual.
Contratar profissionais qualificados vai ser, vulgarmente, uma decisão mais eficiente em termos de custos, comparada com a despesa com materiais, com o equipamento especial necessário, e com a quantidade de tempo envolvida. Além disso, as empresas de remoção de tinta, experientes na abordagem dos riscos para a saúde e com a segurança consequentes da remoção de tinta, devem ter adquirido alguns equipamentos de segurança que são necessários para se mitigarem quaisquer riscos, e também devem ser conhecedores dos regulamentos Estaduais ou locais sobre ambiente e/ou saúde relativos a resíduos perigosos. Acima de tudo, a remoção de tinta é um aspecto sujo, dispendioso e potencialmente perigoso da reabilitação e restauro dos edifícios históricos, e não deve ser abordada sem uma prévia e cuidadosa reflexão respeitante, em primeiro lugar, à sua necessidade, e em segundo, sobre qual o método recomendado disponível, mais seguro e mais adequado, para o trabalho em questão.