Apontamentos Os primeiros anos (1975-1981)

Os primeiros anos (1975-1981)

O primeiro governo de Moçambique depois da independência, em meio a outros objetivos, almejou a construção de uma economia independente e também a promoção do avanço social e cultural de Moçambique.

Desde o primeiro momento da independência, a área da educação foi considerada o fator principal para o desenvolvimento do país e a concretização da democracia popular.

O aparelho judicial do novo Estado de Moçambique, a chamada Constituição da República de 1975, considerou o acesso à educação um dever e direito de toda a população, na qual o Estado assumiu o papel de promover as condições necessárias para que todos moçambicanos pudessem ter esse direito.

Após mais de dois meses de independência, com a responsabilidade do Estado em expandir o acesso à educação para moçambicanos, o governo acabou com o funcionamento de ensino privado no país e o Ministério da Educação e Cultura (MEC) passou a ter a responsabilidade de executar e organizar as políticas educacionais.

O governo e os próprios moçambicanos se esforçaram bastante para a construção de um Moçambique próspero, onde foi registrado um enorme progresso em direção a melhores níveis de educação nos primeiros momentos depois da independência.

Nos anos de 1975 a 1981, houve avanços importantes na área da educação, em 1975 havia 600.000 crianças e jovens frequentando as escolas, em 1980, quando foi feito o recenciamento nacional pós-independência, esse número subiu para 2,3 milhões de crianças e jovens frequentando as escolas e o número percentual das meninas, que nos anos de 1975 era de 35%, nos anos de 1980 subiu para 43%.

Recomendado para si:   As nossas propostas: Uma habitação decente para todos é um direito

As campanhas para alfabetização da população ajudaram bastante na redução da taxa de analfabetismo, em 1970, de 90% se reduziu para 70 %, em 1980, 84% correspondia às mulheres e 55% aos homens.

As mudanças na área da educação não aconteceram só através da expansão ou mudança dos conteúdos de ensino, mas também na maneira como sistema foi administrado, com a participação de um número significativo da comunidade.

Depois da independência, muitas dificuldades abalaram o país, muito embora com tantos esforços feitos pelo governo e funcionário públicos, com a obtenção da independência, o país foi abandonado por técnicos portugueses o que originou crises por falta de pessoas qualificadas.

O governo tinha o objetivo de expandir em nível do país as experiências obtidas nas zonas libertadas, mas este objetivo sofreu impacto porque houve a mudança da conjuntura, o movimento da libertação passou a ser partido-Estado, o referido movimento não continuou resolvendo somente os problemas de um grupo restrito de pessoas que compartilhavam as mesmas ideias, mas sim passou a tratar das questões de milhares de pessoas com ideias diferentes e um território vasto.

Baixar Documento