A bio-degradação dos materiais foi definida por Hueck, em 1968, como sendo «uma alteração indesejável nas propriedades de um material com importância económica,proporcionada pelas actividades dos organismos vivos».
Uma larga gama de materiais está sujeita à degradação microbiológica, a qual é provocada por um largo espectro de microrganismos.
Os escaravelhos responsáveis pela degradação da madeira são principalmente o caruncho vulgar (Anobium punctatum), o caruncho death watch (Xestobium rufovillosum), o escaravelho da serradura (Lyctus spp) e o capricórnio (Hylotropes bajullos).
São as suas larvas que produzem a maioria dos danos, ao perfurarem a madeira, alimentando-se dela e provocando danos na estrutura e na resistência dessa madeira.
A degradação por fungos é capaz de degradar enzimaticamente materiais celulósicos complexos, tais como a madeira, para os transformar em produtos digeríveis.
A degradação das células da madeira por estes fungos resulta na perda de peso e de resistência nessa madeira.
Existem dois tipos principais de fungos da degradação da madeira que se podem encontrar nas edificações, a podridão seca e a podridão húmida.
Os principais factores ambientais que favorecem a bio-degradação dos materiais de construção são a temperatura, a humidade e a falta de ventilação.
A presença de humidade pode ser favorecida pela penetração directa ou pela ascensão capilar; pela condensação; por defeitos da construção e por desastres, tais como fugas na canalização; e pela humidade de construção transportada pelas argamassas, pelo betão e pelo estuque, por exemplo.