As “crostas negras” são películas finas, cuja espessura varia entre os 0,5 e os 3 mm, que recobrem as pedras.
Com o tempo tendem a tornar-se mais espessas e pouco porosas, criando um diversidade de comportamentos entre a crosta e a pedra subjacente.
Normalmente tendem a formar-se nas zonas mais abrigadas da chuva e do deslavamento, mas podem-se formara mesmo em zonas expostas a estes fenómenos.
No que respeita à sua origem, verificou-se que esta está estreitamente ligada aos fenómenos termohigrométricos.
As pedras arrefecem mais rapidamente do que o ar, pelo que o ar quente e húmido tende a condensar-se sobre aquelas que, estando mais frias, oferecem um melhor substrato para essa condensação.
Desta forma, chega-se à formação de uma fina camada de gesso segundo um processo químico que, como já vimos, é facilmente despoletado pelo anidrido sulfuroso presente na atmosfera.
Este gesso cristaliza sobre a superfície, criando uma barreira contra outras partículas sólidas eventualmente transportadas a partir do interior da pedra, dando lugar à “crista negra”.
As crostas negras não só provocam um efeito desfigurador, sob o ponto de vista estético, mas também um processo de degradação extremamente prejudicial.