Com a publicação desta Nota, deve ser sublinhado que a remoção da tinta nos edifícios históricos deve ser evitada – com a excepção da operação de limpar, raspar e lixar à mão fazendo parte de uma manutenção de rotina – a menos que seja absolutamente necessária. Uma vez que tenham sido identificadas condições que exijam a remoção, a sua abordagem geral deve ser remover-se a tinta até à camada saudável seguinte usando-se os meios mais suaves que seja possível, e repintar-se de seguida.
Da mesma forma, falando praticamente, a tinta nova pode aderir tão efectivamente sobre outra tinta existente como sobre a madeira nua, desde que essa camada de tinta anterior também esteja uniforme e fortemente aderente à madeira, e que a sua superfície seja adequadamente preparada para a repintura – limpeza do pó e do material desagregado e enfraquecido pela lixa.
Mas se a superfície exterior de madeira pintada exibir padrões de fissuração profunda generalizada, ou se existirem bolhas ou descamações extensas, de forma a que esteja visível a madeira nua, então deve ser completamente removida a tinta velha antes da repintura. A única justificação para se removerem todas as camadas anteriores de tinta será quando as portas, portadas ou janelas terem ficado literalmente “coladas pela tinta”, ou quando tiver que ser aplicada madeira nova junto de uma madeira antiga pintada e se desejar uma transição suave.